Entenda o legado da rainha Elizabeth, que completa hoje 70 anos no poder

Alguns analistas dizem que foi uma era de ouro, enquanto outros avaliam seu reinado como muito menos significativo do que o de Elizabeth 1ª
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Chris Jackson/Reuters
70 anos do dia em que Elizabeth 2ª assumiu o posto de rainha do Reino Unido (Foto: Chris Jackson/Reuters)

O Reino Unido saúda hoje (6) o 70º aniversário da ascensão da rainha Elizabeth 2ª ao trono, mas enquanto a monarca celebra outro marco, como seu reinado recorde será lembrado?

Para alguns analistas, o reinado dela foi uma ‘era de ouro’, que lembra a de sua xará Elizabeth 1ª, que governou a Inglaterra há 400 anos, no que é considerado um dos períodos mais gloriosos do país.

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Outros dizem que o legado da monarca de 95 anos é muito menos significativo, mas ainda assim notável: garantir que a monarquia sobreviva em um período de grande agitação social e econômica.

“Acredito que a rainha tenha feito um bom papel”, disse Anna Whitelock, professora de História da Monarquia na City University, de Londres.

“A definição de sucesso para qualquer monarca ao longo do tempo é preservar a monarquia e garantir a sucessão. Esse é o trabalho principal, e foi isso que ela fez.”

Elizabeth subiu ao trono aos 25 anos em 6 de fevereiro de 1952, com a morte de seu pai, George 6º, herdando o domínio sobre um Reino Unido que emergia dos estragos da Segunda Guerra Mundial, quando o racionamento ainda estava em vigor e Winston Churchill era primeiro-ministro.

Desde então, presidentes, papas e primeiros-ministros vieram e se foram, a União Soviética entrou em colapso e o outrora poderoso império britânico se dissipou, substituído por uma Commonwealth de 54 nações que Elizabeth foi fundamental na criação, e cujo sucesso muitos consideram como sua maior conquista.

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“Nenhuma das outras potências imperiais conseguiu isso… e no Reino Unido, grandes mudanças sociais e econômicas foram realizadas de forma pacífica e consensual”, disse o professor Vernon Bogdanor, especialista em história constitucional britânica. “Isso é muito notável.”

Sem nunca ter concedido uma entrevista ou proferido suas opiniões pessoais sobre questões políticas, sua própria avaliação de reinado – o mais longo da história britânica – é difícil de determinar. Um assessor da realeza disse à Reuters que consideraria seu legado como uma questão a ser julgada por outros.

O historiador David Starkey disse que não haveria uma segunda ‘era Elizabeth’, já que a rainha não considerava seu papel como um período histórico, mas apenas fazendo um trabalho.

“Ela não fez e não disse nada que alguém vá se lembrar. Ela não vai dar nome à sua era. Ou, suspeito, a qualquer outra coisa”, escreveu ele em 2015.

“Digo isso não como crítica, mas simplesmente como uma constatação de um fato. Até como uma espécie de elogio. E, suspeito, a rainha aceitaria como tal. Pois ela subiu ao trono com um único pensamento: manter a realeza nos trilhos.”

(Com Reuters)

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