Levantamento mostra que 70% das mulheres estão preocupadas ou deprimidas em função do trabalho

Estudo feito pela edtech Todas Group revelou, ainda, que a média do índice de bem-estar delas foi de apenas 57%
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(Foto: Dreamstime)

O bem-estar corporativo das mulheres no Brasil ainda está longe do ideal. Essa é a conclusão de um levantamento feito pela edtech Todas Group, plataforma de apoio ao desenvolvimento profissional feminino. O estudo revelou que 70% delas estão preocupadas ou deprimidas em função do trabalho e 63% manifestam tensão causada pela pressão no ambiente corporativo.

A startup, com o apoio de Viviane Leite, especialista em bem-estar, e da consultoria de pesquisa Inside Insights, realizou uma pesquisa quantitativa com 673 mulheres que atuam no mercado brasileiro.

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O levantamento mostrou, ainda, que no quesito saúde mental, 51% das mulheres demonstraram impacto negativo ocasionado pelo trabalho, enquanto apenas 45% têm confiança de que podem conquistar tudo que desejam na companhia na qual atuam. 

Equilibrar a vida profissional e pessoal continua sendo um desafio, agravado durante a pandemia da Covid-19, já que os filhos foram obrigados a participar das aulas de maneira remota. Entre as entrevistadas, 49% alegaram não dar conta de conciliar as obrigações de trabalho e de casa. 

Já na esfera dos relacionamentos, 70% das mulheres ouvidas disseram que os chefes e colegas de trabalho fazem bem a elas, deixando sua saúde social em dia, enquanto 64% se sentem parte de grupos e seguras para opinar com seus colegas. No entanto, metade delas alegou sentir falta de lideranças femininas reais por perto para evoluírem.

Especificamente no que diz respeito à situação no trabalho, apesar de 74% delas declararem que sentem orgulho da empresa na qual atuam e acreditam na possibilidade de crescimento, apenas 56% se dizem realizadas. 

O relatório apontou, ainda, que 49% das entrevistadas se disseram preocupadas com a coerência entre a divulgação das ações de diversidade e a prática e 53% alegaram não acreditar no apoio genuíno das empresas no desenvolvimento da liderança feminina. 

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Assim como a saúde mental, a saúde física também é fator de preocupação. Apesar de 63% das entrevistadas terem dito que se alimentam de forma saudável independentemente do apoio da empresa, 62% dormem mal por conta do trabalho, 58% sentem que a empresa atrapalha sua rotina de atividade física, 61% estão sem disposição e energia para trabalhar e 50% têm dificuldade de concentração.

Por último, o parâmetro relacionado ao padrão de vida revelou que 82% das mulheres sentem orgulho do que conquistaram no trabalho atual, no entanto, somente 29% delas estão satisfeitas com o que conquistaram na empresa na qual trabalham atualmente. 

Índice de bem-estar é de apenas 57%

Na pesquisa, as participantes avaliaram as seguintes esferas de suas vidas: situação no trabalho, confiança e saúde mental, relacionamentos, saúde física e padrão de vida. Essas informações foram, em seguida, cruzadas com 12 indicadores de perfis, como faixas etária e salarial, tempo de empresa, área de atuação, tamanho da companhia, cargo e estado, entre outros.

Com base no resultado, o Todas Group criou um índice geral de bem-estar com parâmetros bem definidos para cada esfera. O indicador da pesquisa consolidada foi de apenas 57%. “É preciso ter em mente que o bem-estar é formado por vários fatores subjetivos, como relações pessoais e o estado de saúde, entre outros”, explica Tatiana Sadala, cofundadora da Todas Group.

A especialista acrescenta, ainda, que as empresas que conseguirem, de fato, oferecer condições capazes de levar bem-estar às suas colaboradoras terão uma grande vantagem competitiva na atração dos melhores talentos. ”Principalmente em posições seniores, um problema que, a cada dia que passa, fica maior”, completa.

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Já Viviane ressalta que essa reflexão precisa ser dupla, ou seja, feita também do lado das mulheres, com a ampliação do autocuidado, de forma que elas ajudem a estabelecer melhores condições para o seu próprio desenvolvimento. “Historicamente, as mulheres vêm ganhando espaço no mercado de trabalho, apesar das referências ainda serem poucas quando comparadas às dos homens. Por isso, essa conquista precisa vir acompanhada de programas de suporte específicos para elas, com abrangência profissional e pessoal, assim estarão mais fortalecidas e capazes de formarem novas referências para as próximas gerações.”  

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