Atualmente, 37,4% dos líderes globais da fabricante de chocolates norte-americana Hershey são mulheres. Do quadro total, 52% dos funcionários pertencem ao sexo feminino. Elas representam, ainda, 42% do conselho de administração. Além disso, desde 2017 a companhia é comandada pela CEO Michele Buck. No Brasil, quem lidera os negócios da marca é a executiva Larissa Diniz, que responde como gerente geral para toda região da América Latina.
Portanto, não é à toa que a empresa foi eleita pela Forbes USA como a empresa mais acolhedora do mundo para as mulheres. Como líder do ranking, a Hershey obteve as maiores notas em relação aos critérios de representatividade feminina na liderança, esforços de conscientização em prol da equidade de gênero e avaliações do quadro de colaboradoras. Para a classificação, o levantamento ouviu 85 mil profissionais de 40 países e contabilizou mais de 750 mil notas.
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Larissa Diniz, que assumiu a posição em setembro, foi a primeira mulher à frente dos negócios da marca na América Latina. “Nós imaginávamos que haveria um impacto positivo, mas a receptividade foi ainda maior do que o esperado”, diz. Para ela, o reconhecimento como empresa acolhedora é resultado não só de um olhar cuidadoso para o tema, mas também de estratégia de negócio. “A diversidade é um fator determinante e comprovado para o sucesso de qualquer empresa.”
Equidade na prática
Entre as iniciativas da companhia em prol do bem-estar das colaboradoras estão projetos de equidade salarial, desenvolvimento de talentos de grupos sub-representados e licença-maternidade estendida. Anualmente, a equipe também é submetida a treinamentos do Código de Conduta e Assédio no trabalho, além de ter um canal aberto onde denúncias anônimas podem ser feitas em casos de ataques ou abusos.
A executiva conta que só entre 2020 e 2021 registrou melhoria de 5% em todas as dimensões da pesquisa Great Place to Work, que leva em consideração a opinião dos funcionários sobre a liderança, cultura e benefícios. “Essa valorização da equidade tem um impacto direto no clima organizacional, fazendo com que as colaboradoras se sintam melhor representadas, assistidas e, consequentemente, mais motivadas e inovadoras”, afirma Larissa.
No âmbito social, a Hershey promove ações em prol do desenvolvimento profissional feminimo. Uma delas é a HerShe, iniciativa que abriu as portas para que artistas brasileiras estampassem suas artes nas embalagens da marca em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, formando uma galeria com mais de 300 obras autorais no Instagram. A comemoração ainda contou com um workshop de capacitação para empreendedoras voltado para temas como marca pessoal, precificação, networking e posicionamento.
A Chocolate Que Transforma, por sua vez, acaba de concluir sua segunda edição. O programa de incentivo a pequenas confeiteiras tem o propósito de impulsionar esses negócios ao oferecer insumos, profissionalização e mentoria para as mulheres selecionadas, cujas histórias se transformarão em uma websérie transmitida nas redes sociais da companhia.
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As necessidades delas importam
Essas e outras ações, segundo Larissa, começam com uma escuta ativa para o que as mulheres da companhia têm a dizer. Isso porque, antes de alcançar o nível de igualdade, é preciso posicionar as profissionais no mesmo ponto de partida dos homens.
Na prática, isso significa que a fabricante cuida para que suas colaboradoras consigam ter a melhor produção e desempenho naquilo que condiz com sua realidade. “Precisamos balancear a sobrecarga das mulheres nas tarefas domésticas e no cuidado com os filhos, fatores que impactam diretamente no aproveitamento das oportunidades de carreira e na desigualdade salarial”, aponta a executiva.
Para os próximos anos, a meta da companhia é melhorar ainda mais as estatísticas de igualdade na empresa. “Queremos atingir a marca de 50% de diversidade de gênero no nosso time global”, afirma. E, para atrair e reter os próximos talentos femininos, a aposta da liderança é em uma cultura organizacional que favoreça a diferença e a inovação no longo prazo. “As mulheres estão presentes em todos os níveis da nossa organização, desde a liderança sênior até a operação, e é isso o que faz a diferença – o equilíbrio que temos e que constantemente buscamos manter.”
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