Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher: 4 celebridades que se posicionam sobre o tema

Casos de abusos aumentaram durante a pandemia e já são considerados a maior preocupação do público feminino em São Paulo
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Nos últimos 12 meses, o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher (Via: Karolina Grabowska)

Há 41 anos, o dia 10 de outubro é marcado como o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data remete a um movimento social ocorrido em São Paulo, em 1980, quando um grupo de mulheres se reuniu nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos casos de feminicídio em todo o país. 

Na época, um levantamento realizado pelo Mapa da Violência no Brasil mostrava que 1.353 mulheres haviam sido mortas. Hoje, os dados referentes a 2020 mostram que poucas coisas mudaram com o passar das décadas Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 1.350 feminicídios foram registrados no último ano. 

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Com o advento da pandemia, o cenário só se agravou. Nos últimos 12 meses, o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher, de acordo com números do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Mesmo assim, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que esse número pode estar subnotificado devido ao período de isolamento social. 

No estado de São Paulo, por exemplo, a violência doméstica é a principal preocupação do público feminino, de acordo com uma pesquisa feita em agosto pela Apamagis (Associação Paulista de Magistrado) com 1.000 entrevistadas. O problema está à frente de fatores como o desemprego, a renda e a saúde. Além disso, 66% delas afirmam que a casa é o local mais comum das agressões. 

Dados como estes mostram que nenhuma mulher está a salvo. Algumas celebridades, inclusive, utilizam sua imagem pública para compartilhar a gravidade do problema. É o caso da apresentadora Luiza Brunet ou da modelo Duda Reis. 

Veja, a seguir, alguns exemplos que apoiam a causa:

Luiza Brunet

Luiza Brunet foi vítima de violência em 2016 (Via: Instagram)

A ex-modelo Luiza Brunet, 59 anos, foi vítima de agressão doméstica em 2016 enquanto estava hospedada em um hotel em Nova York com o ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto. Na época, a apresentadora denunciou o episódio à Justiça e foi a público relatar sua experiência. O caso só chegou ao fim no último ano, quando o STF (Superior Tribunal Federal) condenou o homem à prestação de serviços e contas por dois anos. Depois do acontecido, Luiza passou a ser lembrada como porta-voz da causa, incentivando que outras mulheres denunciassem seus abusadores. 

Duda Reis

Duda Reis denunciou Nego do Borel este ano (Via: Instagram)

A modelo Duda Reais, 20 anos, protagonizou um dos casos mais recentes da mídia de abuso físico e psicológico. Ex-namorada de Nego do Borel, 29 anos, a influencer denunciou o cantor por lesão corporal, estupro de vulnerável, injúria, ameaça, violência doméstica e transmissão de HPV (infecção sexualmente transmissível). Após expor o episódio publicamente e judicialmente, a jovem anunciou, na última semana, que fundará uma ONG para ajudar outras mulheres na mesma situação. “Será uma organização onde elas poderão receber ajuda e auxílio jurídico para situações de violência”, explicou no Instagram.

Luisa Mell

Luisa Mell relatou o caso ontem (9) pelas redes socias (Via: Instagram)

A ativista Luisa Mell, 43 anos, utilizou as redes sociais ontem (9) para falar sobre os abusos emocionais e psicológicos que sofreu durante os dez anos de casamento com seu ex-marido, Gilberto Zaborowsky. Segundo a apresentadora, o empresário ameaçou destruir sua reputação após o pedido de divórcio. O caso veio à tona depois que a influenciadora foi vítima de uma violência médica onde um dermatologista teria feito uma cirurgia em suas axilas sem a devida autorização. De acordo com o advogado de Luisa, existe a chance de Gilberto estar relacionado ao episódio. “Sempre que lemos notícias de mulheres abusadas, imaginamos isso com as outras, nunca dentro da nossa casa. Infelizmente, violência contra a mulher é uma cultura”, disse ela no Instagram. 

Preta Gil

Preta Gil é porta-voz do tema nas redes socias (Via: Instagram)

Engajada no tema, a cantora Preta Gil já deu voz a diversos movimentos em prol do combate à violência doméstica. Este ano, a empresária e artista compartilhou nas redes sociais uma foto da “Campanha Sinal Vermelho”, programa nacional que foi instituído pela  Lei n. 14.188/2021 em julho deste ano. A ideia é que as mulheres vítimas de abuso risquem um “X” na palma da mão como sinal de denúncia. Em seu perfil, a apresentadora incentivou que todos ficassem alertas para possíveis casos entre vizinhos, conhecidos ou amigos. “Em briga de marido e mulher se mete a colher SIM!”, escreveu. 

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