Outubro Rosa: entenda o que é e a importância da campanha

Movimento tem o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama
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A chegada do mês de outubro traz à tona discussões sobre o câncer de mama e a importância da prevenção. São postagens nas redes sociais, campanhas de marketing, alertas feitos por especialistas e diversas recomendações às mulheres, além dos tradicionais broches e laços cor de rosa. Mas você conhece a origem do Outubro Rosa, como foi batizado o movimento criado há pouco mais de três décadas?

Ao contrário do que muitos pensam, o Outubro Rosa não é apenas uma campanha nacional. É um movimento que acontece em vários países do mundo, simultaneamente ao longo de todo o mês, para conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A ideia principal é chamar a atenção das mulheres para que frequentem um médico e façam a mamografia, exame mais usado no rastreamento da doença.

A campanha também estimula as mulheres a realizarem, com certa frequência, o autoexame, que consiste em tocar e apalpar os seios em busca de qualquer alteração. A indicação dos especialistas é que, caso observe qualquer mudança, elas procurem o médico imediatamente.

Segundo o Instituto Oncoguia, organização não governamental voltada à qualidade de vida do paciente com câncer, seus familiares e público em geral, o diagnóstico em estágio inicial da doença aumenta em 95% as chances de cura.

Qual a origem do Outubro Rosa

O movimento surgiu em 1990 em um evento chamado “Corrida pela Cura”, realizado em Nova York, nos Estados Unidos. Na época, o objetivo era arrecadar fundos para a pesquisa da Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. Para chamar atenção, os corredores receberam o laço rosa para usar durante a corrida e, depois disso, o item passou a ser distribuído em locais públicos e eventos.

Mas só depois que a campanha foi aprovada pelo Congresso Americano, em 1997, que outubro passou a ser reconhecido oficialmente no país como o mês da prevenção contra o câncer de mama. 

No Brasil, a iniciativa é mais recente. A primeira ação foi realizada em 2002, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, o Obelisco foi iluminado com luzes cor de rosa. Mas só a partir de 2008 a campanha ganhou frequência. Desde então, é comum as fachadas de diversos locais ficarem iluminadas de rosa para indicar apoio à causa.

Aumento das mamografias 

Todos os anos, cerca de 66 mil mulheres desenvolvem câncer de mama no Brasil, das quais 18 mil acabam morrendo, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O órgão destaca que esse é o tipo de câncer mais prevalente entre as mulheres no país.

E dá para medir a importância do movimento e seu impacto em números. Dados do SUS compilados pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) mostram como o volume de mamografias aumenta nos meses de outubro e novembro. Em 2019, por exemplo, foram 229.238 exames em março, mês com o menor número, contra 330.239 em outubro e 305.703 em novembro. 

E mesmo no ano passado, fortemente afetado pela pandemia de Covid-19, essa diferença foi observada. Em abril foram apenas 61.357, mas, em outubro, o número subiu para 218.508. Em novembro foram realizadas outras 258.951 mamografias. No entanto, o número total de exames foi impactado pela crise sanitária. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), no primeiro semestre de 2020 apenas 1,1 milhão foram realizados pelo SUS, o que representa uma queda de mais de 40% em relação ao mesmo período em 2019, com 1,9 milhão.

A quantidade de mamografias realizadas corresponde a apenas cerca de 20% das brasileiras entre 50 a 69 anos. Por aqui, a recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres dessa faixa etária realizem o exame a cada dois anos. Apesar disso, especialistas na área de mastologia e oncologia orientam que elas comecem bem antes: a partir dos 40 anos anualmente. 

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