É o amor! Entenda como a inteligência emocional pode salvar você nos relacionamentos amorosos

Psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental, Fabíola Luciano relata o poder do autoconhecimento para relações mais equilibradas e tranquilas
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IE funciona como a capacidade de compreender e gerenciar os nossos sentimentos sem transferir ou projetar tudo o que sentimos na outra pessoa (Foto: Unsplash)

Qualquer relação, por si só, pode ser difícil, afinal, estamos lidando com as características, personalidade e sentimentos de outra pessoa. Mas, o amor… Ah, o amor! Dizem que essa palavra de apenas quatro letras é o motor do ser humano, mas também é verdade que ela pode causar muita dor de cabeça. Um clássico da música sertaneja já avisava: “É o amor, que mexe com minha cabeça e me deixa assim; que faz eu pensar em você e esquecer de mim…”.

Não esquecer de si mesma, aliás, é um dos fatores que podem contribuir para que qualquer relacionamento romântico não seja um tsunami de emoções. Mais do que lembrar, é importante se conhecer. E bem. Afinal, para se relacionar de forma equilibrada e saudável com outra pessoa, é imprescindível entender e gerenciar as próprias emoções. Pelo menos é o que diz a psicóloga Fabíola Luciano.

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“A inteligência emocional é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida, ou seja, é uma habilidade treinável. Ela funciona como a capacidade de compreender e gerenciar os nossos sentimentos sem transferir ou projetar tudo o que sentimos na outra pessoa”, explica a especialista em terapia cognitivo-comportamental.

Dessa maneira, segundo ela, a inteligência emocional desenvolvida também permite entender a emoção do outro. “Claro que não estamos falando de todas as situações, mas sim de perceber, também, que talvez aquele não seja um bom momento para a outra pessoa”, explica. Basicamente, a IE é a habilidade de compreensão e gerenciamento emocional tanto de nós mesmos, quanto de “leitura” do outro. Ou seja, tudo a ver com relacionamentos.

Responsabilidade e comunicação

E, como de complicada já basta a vida, o amor, pelo menos, deveria ser algo simples, leve. “Quando conseguimos ter uma leitura das nossas emoções, a nossa vida vai se tornando menos complexa”, ressalta Fabíola. Para a psicóloga, a inteligência emocional permite que, durante uma discussão, por exemplo, a reação não seja desproporcional. 

“Metaforicamente, é como se soubéssemos onde estão os nossos botõezinhos e quando eles devem ser apertados, além de não deixar que sejam acionados fora de hora. Ou seja, a IE ajuda a nos equilibrar, nos trazer para o centro”, explica.

especialista em inteligência emocional
Dra. Fabíola Luciano, psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental (Foto: Reprodução)

Além disso, desenvolver a inteligência emocional é essencial pois, de certa forma, impõe responsabilidade, ou seja, nos tornamos responsáveis pelo que fazemos e pelo que sentimos. “A gente consegue se apropriar do que é nosso, das nossas emoções, ao mesmo tempo em que somos também sensíveis às emoções do outro.”

E é apenas ao nos apropriarmos do nosso emocional que, segundo Fabíola, conseguiremos nos comunicar plenamente em um relacionamento. “Calibrar nossas expectativas e reconhecer nossos limites é muito importante. Mas, muitas vezes, a incompatibilidade está na dificuldade de se expressar. Então, explicar até onde podemos ir e as nossas necessidades emocionais também é fundamental”, explica Fabíola. 

Vulnerabilidade e autoconhecimento

Por muito tempo, principalmente na infância, ouvimos que é errado sentir. Sentir raiva, chorar, rir demais, rir de menos. Para Fabíola, a inteligência emocional pode ser uma aliada para mostrarmos um outro lado que, muitas vezes, é reprimido: a vulnerabilidade. Não no sentido ruim, afinal, parece o fim dos tempos se permitir ser vulnerável, quando, na verdade, é apenas uma forma de se permitir sentir.

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“No fim das contas, conseguir comunicar para o parceiro ou para a parceira, sem cobrá-los, acaba trazendo para o relacionamento mais aproximação e leveza”, diz a psicóloga. “Assim, essas duas pessoas se unem para o bem comum, para ficar juntas. Estão trabalhando para que ambas evoluam. Você consegue se vulnerabilizar e ter acolhimento das suas emoções quando o outro também tem.”

A ideia é que seja uma troca. Mas, o principal, é se desenvolver para que o outro também se desenvolva. Desse modo, ser vulnerável na frente de alguém nem é tão ruim assim, afinal, segundo Fabíola, as emoções nos tornam humanos, além de tornar a vida mais alegre e colorida.

Por outro lado, os sentimentos também podem pintar quadros mais tenebrosos. “Por isso, alguém que tem uma inteligência emocional desenvolvida, consegue se entender melhor, ouvir e separar o que que é dela e o que é do outro.”

Segundo a especialista, nunca é sobre o que o outro falou, mas sim como o que o outro falou nos atingiu. “É por meio do entendimento das nossas emoções e feridas, com a ajuda da inteligência emocional, que seremos capazes de nos apropriar do que é nosso. E isso é extremamente benéfico para qualquer relação.”

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