Mulheres abaixo de zero: quem são as brasileiras que vão competir nos Jogos Olímpicos de Inverno

Competição, que começa hoje (4) em Pequim, terá quatro atletas do Brasil
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(Foto: Arte/EQL)

Podem até dizer que elas estão entrando numa “fria”, afinal, quem pratica um esporte abaixo de zero representando um país que constantemente bate – e supera – a marca dos 30 graus? Mas, na verdade, esse nem é um desafio assim tão grande para quem se prepara para uma Olimpíada, onde o objetivo é – quase sempre – a superação.

Hoje (4) começam os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, na China. A competição possui 15 modalidades, com representantes brasileiras em três delas: skeleton, esqui cross-country e esqui estilo livre. Para um país acostumado a torcer por futebol e vôlei, os nomes das modalidades podem até soar estranho. Mas vá se acostumando: ao longo de boa parte do mês de fevereiro, essas atletas deslizarão sobre o gelo e sobre a neve.

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Conheça, a seguir, as quatro atletas que representam o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022:

Nicole Silveira, na modalidade skeleton

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Nicole Silveira (Foto: Divulgação/CBDG)

Nascida no Rio Grande do Sul mas moradora de Calgary, no Canadá, Nicole já fez de tudo um pouco em seus 27 anos de idade. A atleta passou pela dança e pela ginástica artística quando pequena e se aventurou pelo vôlei e futebol, esporte ao qual se dedicou por uma década. Ela também foi fisiculturista e disputou diversas competições na modalidade.

Ainda assim, a brasileira só foi apresentada aos “esportes gelados” em 2018. Durante um ano, dedicou-se ao bobsled – categoria na qual equipes de duas ou quatro pessoas realizam, por meio de um trenó, descidas cronometradas em uma pista de gelo sinuosa e estreita especialmente construída para a competição – por um ano. Mas, o que a levou aos Jogos Olímpicos de Inverno foi o skeleton, esporte no qual o atleta se lança sobre um trenó e desliza de cabeça por uma pista de gelo. Para este ano, a meta é realista: Nicole espera alcançar o Top 10 da modalidade. No entanto, os resultados da atleta a permitem sonhar mais alto: ela conquistou oito pódios em nove competições num período de quatro semanas.

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A estreia de Nicole será no dia 10, às 22h30 (horário de Brasília). A segunda descida pela pista de gelo será na mesma data, à meia-noite. Por outro lado, a terceira corrida acontece somente no dia 12, às 9h20, e a última participação da atleta será no mesmo dia, às 10h55.

Eduarda Ribera, na modalidade esqui cross-country

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Eduarda Ribera (Foto: Divulgação/COB)

Rondoniense, Eduarda Westemaier Ribera entrou para o esqui por influência do irmão, que também é esquiador e foi vice-campeão no Mundial Paralímpico de Esportes na Neve. este ano. A atleta de apenas 17 anos é a mais jovem da equipe brasileira em Pequim e a segunda mais jovem da história do país nos Jogos de Inverno.

Nesta temporada, Duda conquistou dois resultados de Top 10 no esqui clássico 5 km na etapa de Zlatibor, na Sérvia, da Copa dos Bálcãs. Além disso, competiu nos Jogos da Juventude em 2020 e ficou com a 73ª posição no esqui cross-country, modalidade que a levou aos Jogos de Pequim. O esporte, praticado na neve, consiste em percorrer grandes espaços planos – que podem variar de 2 km a 50 km – com os esquis impulsionados por bastões. 

Apesar dos feitos, a atleta foi convocada de última hora, depois que Bruna Moura sofreu um acidente de carro e foi cortada.

Jaqueline Mourão, na modalidade esqui cross-country

Jaqueline Mourão (Foto: Divulgação/COB)

Aos 46 anos, Jaqueline Mourão está alcançando um feito inédito para qualquer atleta brasileiro. Ao participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, a mineira chegará à marca de oito olimpíadas disputadas, passando os feitos de Formiga, por exemplo, que tem sete competições do tipo no currículo.

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E não é apenas no gelo que Jaqueline se aventura. A atleta se divide entre o esqui cross-country e o ciclismo mountain bike, modalidade pela qual também disputou os Jogos de Verão (2004, 2008 e 2020). No inverno, foram outras quatro (2006, 2010, 2014 e 2018). 

Neste ano, em sua oitava edição, Jaque terá a honra, pela segunda vez, de carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura.

A equipe feminina de esqui cross-crountry, composta por Jaque e Duda, competirá nas seguintes provas: sprint individual, no dia 8, às 5h (horário de Brasília); 10 km clássico individual, no dia 10, às 4h; e sprint por equipes, dia 16, às 8h.

Sabrina Cass, na modalidade esqui estilo livre

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Sabrina Cass (Foto: Reprodução/Instagram)

Mais uma jovem atleta na lista de competidoras brasileiras. Apesar de ter nascido e crescido nos Estados Unidos, Sabrina Cass, de 19 anos, faz, este ano, sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno representando o país de origem materna. 

Filha de mãe brasileira e pai norte-americano, a atleta pratica o esqui estilo livre no evento moguls – um dos mais antigos da modalidade -, no qual o esquiador precisa descer uma montanha cheia de morrinhos de neve ao mesmo tempo em que dá saltos e giros no ar.

Sabrina já foi campeã mundial juvenil em 2019, quando ainda representava os EUA na modalidade. Este ano, conquistou a 20ª posição em Alpe D’Huez, na França, no evento dual moguls (que não é olímpico), na temporada 2021/2022. Já no moguls, ficou em 21º lugar em Deer Valley, nos EUA, em janeiro deste ano.

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Além disso, a esquiadora foi a primeira brasileira a competir em Pequim este ano, ontem (3), na fase de classificação do moguls feminino. A atleta ficou na 21º posição e segue na briga por vaga na final. No domingo (06), às 7h (horário de Brasília), ela volta a competir e precisa se posicionar entre as seis melhores para ir à última etapa, que acontece no mesmo dia.

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