Na busca por maior equidade de gênero, empresas lançam programas para aproximar mães do mercado

IBGE aponta que apenas 54,6% das mulheres de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos estão empregadas
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Na busca pela equidade de gênero nas organizações e com a intenção de trazer mulheres de volta para o mercado de trabalho após a maternidade, empresas desenvolveram programas que oferecem para as mães mais flexibilidade de horários e jornadas. Em reportagem do Valor Econômico, três iniciativas foram mapeadas pelo jornal e, juntas, receberam cerca de 3,6 mil inscrições para 23 vagas.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em março deste ano, apenas 54,6% das mães de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos estão empregadas. Com o recorte de raça, esse número cai para 49,7% de mães negras empregadas. 

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No grupo de tecnologia Ativy, que possui cinco startups e 250 funcionários, dos quais 30% são mulheres, a iniciativa lançada em março de 2020 atraiu 400 candidatas de 19 a 60 anos. Dessas, 171 mulheres se consideravam fora do mercado de trabalho. Larissa Begalli, que se tornou mãe em fevereiro do ano passado, foi uma das admitidas como executiva de contas: “Estava sem trabalhar há sete meses para me dedicar à maternidade em tempo integral,” conta ao jornal. 

Em pesquisa realizada pela Associação Mulher 360, divulgada em 2019, 75% das mulheres cogitaram em algum momento a possibilidade de não voltar ao trabalho após o término da licença maternidade. 

No banco BV, o programa “Lugar de Mãe é no BV” foi lançado em maio e abriu 11 vagas, quatro delas para gerência. A empresa conta com 4,3 mil funcionários e destes 44,6% são mulheres. “Buscamos cumprir nosso papel para uma maior equidade de gênero e o compromisso é ter 50% de mulheres em cargos de liderança até 2030,” diz Ana Paula Tarcia, diretora de pessoas e cultura, ao Valor. Na empresa, 34,7% das executivas ocupam cargos de gestão.

O programa “Mães na Engenharia”, da startup unico, é liderado por Fernanda Weiden, vice-presidente de engenharia da empresa. A executiva conta ao jornal que o programa é baseado na dificuldade das mulheres para conciliar agenda profissional e pessoal após a maternidade, e o desafio das organizações em atrair e reter talentos femininos no setor da tecnologia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que as mulheres são apenas 20% dos profissionais de tecnologia no país.

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