Monica Vitti, musa das obras de Michelangelo Antonioni, faleceu hoje (2), aos 90 anos. A informação foi divulgada em nota pelo Ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, que lamentou a morte da estrela.
“Adeus Monica Vitti, adeus à rainha do cinema italiano. Hoje é um dia verdadeiramente triste, morre uma grande artista e uma grande italiana”, escreveu.
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Nascida em Roma, Monica iniciou sua trajetória artística na Accademia dell’Arte Drammatica, em 1953. Com a formação no curso de teatro, começou a viver seus primeiros papéis. Com a peça “Sei Storie da Ricordare”, de 1956, ganhou projeção no meio.
A estreia no cinema aconteceu em 1958, na comédia “Le Dritte” (1958), na qual a atriz viveu Ofelia Granelli. Anos mais tarde, a artista participou de “Noi Donne Siammo Fatte Così” (1971), filme no qual sua personagem criticava os estereótipos femininos.
Por ter se destacado em obras de comédia, Monica chamou a atenção do cineasta Michelangelo Antonioni. E, além de estrelar os filmes produzidos por ele, também foi esposa do italiano por 10 anos, entre 1957 e 1967.
Sob a direção de Antonioni, Monica atuou em uma série de filmes, como “A Aventura” (1960), “A Noite” (1961), “O Eclipse” (1962), “O Deserto Vermelho” (1964) e “O Mistério de Oberwald” (1980).
Trinta anos depois da separação, a atriz se casou com o cineasta e diretor de fotografia Roberto Russo, que, em 2011, foi o responsável por comunicar que ela sofria de Alzheimer há cerca de 15 anos.
Em seus mais de 60 anos de carreira, a italiana estrelou filmes, novelas e peças que lhe davam espaço para demonstrar a estrela transgressora que era. O talento e a personalidade da artista foram reconhecidos cinco vezes pelo David di Donatello, maior prêmio do cinema italiano. Ela ainda recebeu um Leão de Ouro no Festival de Veneza e um Urso de Prata no Festival de Berlim.
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