Déficit do governo central vem acima do esperado em junho

No primeiro semestre de 2020, o saldo fiscal fora negativo em R$ 417,3 bilhões
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O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de R$ 73,553 bilhões em junho, informou o Tesouro hoje (29), rombo superior ao esperado por analistas.

No mesmo mês do ano passado, as contas foram deficitárias em R$ 194,853 bilhões.

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Economistas esperavam déficit de R$ 63,4 bilhões para junho deste ano, segundo pesquisa da Reuters.

As receitas do governo central líquidas de transferências aumentaram 57% em junho em termos reais frente ao mesmo mês de 2020, enquanto as despesas caíram 34,6%.

O Tesouro destacou, do lado das receitas, o impacto de uma arrecadação extraordinária de R$ 4 bilhões de IRPJ/CSLL, incidentes sobre os lucros das empresas, de um menor diferimento de tributos na comparação com 2020 e de um aumento das vendas e dos serviços. Já sobre os gastos, o Tesouro chamou atenção para o fato de as despesas primárias não relacionadas à Covid-19 estarem mantendo trajetória de queda no acumulado em 12 meses.

“O comportamento da despesa primária ex-Covid mostra a importância das regras fiscais em vigor para evitar que despesas temporárias de combate à pandemia se transformem em despesas permanentes”, disse o Tesouro em nota.

Em junho, o Tesouro Nacional registrou déficit primário de R$ 18,190 bilhões, enquanto a Previdência Social marcou saldo negativo de R$ 55,141 bilhões e o BC, déficit de R$ 221 milhões.

Com o saldo de junho, o governo central passou a acumular déficit primário no ano, de R$ 53,7 bilhões. No primeiro semestre de 2020, o saldo fiscal fora negativo em R$ 417,3 bilhões, com o impacto das medidas tomadas pelo governo no enfrentamento à crise da pandemia.

(com Reuters)

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