“Rebelde”, o legado: 7 artistas que mantiveram suas carreiras em alta depois de deixarem a novela

Em homenagem ao clássico dos anos 2000, Netflix acaba de lançar uma continuidade da obra, uma produção internacional com uma brasileira no elenco
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O universo “Rebelde” foi responsável por deslanchar a carreira de diversas celebridades, como Dulce María, Anahí e Sophia Abrahão

A novela mexicana “Rebelde”, um retrato da vida dos integrantes de uma banda pop formada por estudantes de um colégio de elite, fez sucesso em toda a América Latina nos anos 2000. No Brasil, crianças e adolescentes colecionavam qualquer produto que tivesse os rostos dos personagens estampados – e, claro, sabiam de cor as letras dos hits em espanhol. Grande sucesso de audiência, a novela ganhou outras versões ao redor do mundo, como a brasileira, em 2011, produzida pela RecordTV em parceria com a empresa mexicana Televisa. 

Mais do que o potencial televisivo, o universo “Rebelde” foi responsável por fazer deslanchar a carreira de celebridades como Dulce María e Anahí, na versão mexicana, e Lua Blanco e Sophia Abrahão, como representantes da produção local. Ao se dar conta da capacidade do título, a Netflix começou 2022 anunciando uma nova versão da história, disponível a partir de hoje (5) na plataforma. A narrativa inédita conta com novos personagens e participações especiais de figuras da trama original. 

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A história se passa no Elite Way School, assim como a versão mexicana, e tem como objetivo apresentar ao público uma nova geração de rebeldes. De acordo com a plataforma de streaming, o lançamento não é um remake, e sim uma continuação da clássica novela – além de uma homenagem aos fãs que acompanharam o grupo nos anos 2000. O tema de abertura é o mesmo interpretado pelo RBD e outros hits da banda já estão confirmados na playlist. 

Com produção internacional, o elenco conta com a participação de uma atriz brasileira: Giovanna Grigio, no papel da jovem Emília. Conhecida por atuar em obras como “Chiquititas” e “Malhação”, Giovanna já é conhecida no meio artístico, mas o que o universo “Rebelde” reserva para ela? Talvez seja mais fácil vislumbrar esse cenário futuro ao analisar como seguiram as carreiras de algumas ex-Rebeldes. 

Veja, na lista abaixo, 7 atrizes que, em algum momento, fizeram parte da obra e deram continuidade às suas carreiras artísticas:

(Foto: Divulgação)

Dulce María

Nascida em 6 de dezembro de 1985 na Cidade do México, Dulce María Álvarez Espinosa é a caçula de Blanca e Fernando Espinosa e sobrinha-neta da pintora Frida Kahlo. Sua carreira artística começou na infância, aos cinco anos, quando fez seu primeiro comercial publicitário para a televisão. Desde então, participou de mais de uma centena deles e de algumas novelas, como “El Vuelo del Águila” (1994) e “Plaza Sésamo” (1993-1995), projeto que lhe rendeu a primeira oportunidade para cantar de forma profissional. 

Após passagens pelas telonas, aos 15 anos, já como multiartista, a jovem passou a se dedicar ao grupo Jeans, um girlgroup de pop mexicano. Em paralelo, juntou-se ao elenco da novela juvenil “Primer Amor” (2000), onde conheceu Anahí, que viria a ser sua grande parceira de cena na telenovela que lhe trouxe fama.

Foi com seu papel de protagonista em “Clase 406” (2002-2003), no entanto, que Dulce encantou Pedro Damián, que a convidou para realizar provas e oficinas de uma telenovela que seria lançada em 2004. Com “Rebelde” (2004-2006), Dulce María foi apresentada ao sucesso mundial no papel de Roberta Prado. O êxito foi tão grande que da telenovela nasceu o grupo RBD, do qual fez parte até 2008.

A carreira de Dulce María não terminou com o fim da novela ou do grupo. Novamente a convite de Pedro Damián, ela interpretou a protagonista de “Verano de Amor” (2009) e escreveu e gravou as músicas-tema das primeira e segunda temporadas. 

Foi apenas no final de 2010 que Dulce lançou seu EP de estreia: “Extranjera: Primeira Parte”. No mesmo ano, deu início ao projeto social “Dulce Amanecer”, uma fundação que ajuda diversas causas, de crianças carentes e mulheres indígenas à proteção do meio ambiente.

Em 2011, Dulce lançou seu primeiro álbum de estúdio, uma extensão das faixas do primeiro EP. “Extranjera: Segunda Parte” conquistou o disco de platina no Brasil e rendeu à artista sua primeira turnê internacional. 

Um ano depois, Dulce María esteve em território brasileiro para uma participação especial de seis capítulos na versão brasileira de “Rebeldes” (2011-2012), na qual interpretou ela mesma. No ano seguinte, anunciou seu segundo álbum como solista, “Sin Fronteras” (2013), que também lhe rendeu uma turnê internacional, passando por Espanha, México, Brasil, Argentina e Chile. Ainda em 2013, integrou o elenco de “La Era del Rock”, peça baseada no musical da Broadway “Rock of Ages”.

Ocupada com outras produções, a artista lançou seu terceiro álbum apenas em 2017. Com “DM”, mais especificamente com “Volvamos”, o segundo single do álbum, alcançou feitos inéditos: a música atingiu o primeiro lugar no iTunes de 13 países,  tornando-se a canção de uma artista mexicana a conquistar a maior quantidade de primeiros lugares nas paradas musicais.

No mesmo ano, foi a protagonista da telenovela “Muy Padres”, onde também foi responsável por gravar a música de abertura e, em dezembro, reencontrou-se com o grupo Jeans, fazendo uma participação especial na 90’s Pop Tour. Em 2018, anunciou seu próximo álbum de estúdio. “Origin” contém todas as músicas escritas pela cantora, porém ainda não possui data de lançamento. 

Mesmo com uma carreira que desde pequena a dividiu entre os palcos e as telas, Dulce María nunca deixou de lado as causas humanitárias. Das músicas para arrecadar fundos até palestras contra a violência, a artista também é uma voz importante no combate das injustiças sociais no México e no mundo. 

(Foto: Divulgação)

Anahí

Conhecida pelo papel de Mia Colucci na versão mexicana da novela, a atriz, cantora e estilista de 38 anos iniciou a carreira artística ainda na infância, no programa de TV “Chiquilladas”. Além das participações em novelas, no cinema e na televisão, também teve uma trajetória expressiva na música. 

Assim como na carreira de atriz, Anahí começou a atuar como cantora muito cedo. Aos nove anos, gravou o primeiro álbum, batizado com o nome da artista. Mais tarde, aos 15, lançou “¿Hoy es Mañana?”, do qual surgiram os primeiros hits musicais da mexicana, como as faixas “Descontrolándote” e “Corazón de Bombón”. 

Em 2004, foi convidada por Pedro Damián a participar de “Rebelde” como uma das protagonistas. Foi então que, com o sucesso da novela, o elenco principal formou a banda RBD. Com a formação, foram gravados cinco álbuns e DVDs, além de o grupo ter sido um dos primeiros internacionais a realizar uma turnê com mais de 300 mil pessoas no Brasil. Mesmo com os números alcançados, a banda teve fim em 15 de agosto de 2008. 

Em 2009, Anahí lançou o single solo “Mi Delirio” e a “Mi Delirio World Tour”, que passou por oito países da América do Sul, incluindo o Brasil. No mesmo ano, apresentou seu novo álbum solo, batizado com o nome da faixa lançada anteriormente.

A artista voltou às telas dois anos após a separação da banda, em 2011, com a novela ”Dos Hogares”, na qual também interpretou a música de abertura e concorreu aos Prêmios Juventud como melhor tema de telenovela. 

Quase sete anos depois do lançamento de “Mi Delirio”, a cantora voltou a se dedicar à música e lançou o álbum “Inesperado”, que alcançou o 6o lugar no Latin Pop Albums e o 17o no Top Latin Albums, ambos da Billboard. 

Em 2016, Anahí anunciou que estava grávida de seu primeiro filho, Manuel Velasco. A gravidez ocorreu após um ano do casamento da cantora com o senador do Estado de Chiapas, no México. Com a maternidade, a artista ficou afastada da carreira e retornou apenas em 2020, com o lançamento do single “Latidos”, em homenagem ao primogênito. 

(Foto: Divulgação)

Sophia Abrahão

Uma das protagonistas da versão brasileira, a atriz e cantora Sophia Abrahão, hoje com 30 anos, ganhou fama ao sair das passarelas e estrear como atriz na série global de televisão “Malhação”, em 2007, interpretando Felipa Gentil. Mas foi apenas em 2011 que sua carreira deslanchou de vez com sua participação em “Rebeldes”. Na trama, ela interpretava a patricinha Alice Albuquerque, ao lado dos outros cinco protagonistas: Chay Suede, Mel Fronckowiak, Lua Blanco, Micael Borges e Arthur Aguiar.

Anos depois do fim da novela teen, Sophia retornou à Globo na novela “Amor à Vida” (2013). Em 2014, participou de “Alto Astral” (2014) e de “A Lei do Amor” (2017).

Natural de São Paulo, começou a trabalhar como modelo aos 14 anos, após ter sido abordada por um olheiro em um shopping center. Cantar, no entanto, sempre foi um dos seus maiores sonhos. Por isso, em outubro de 2015, Sophia anunciou seu álbum de estreia,  autointitulado. No ano seguinte, a artista recebeu uma indicação ao Grammy Latino, na categoria de Melhor Artista Revelação.

Além dos papéis nas novelas e de sua carreira na música, Sophia atuou como  apresentadora do “Vídeo Show” de 2017 a 2019, em parceria com Otaviano Costa e Mônica Iozzi. 

Em 2020, a artista participou de “As Five”, da Globoplay, e foi escalada para o elenco de “Salve-se Quem Puder”, para a segunda fase da trama, em 2021. Além da televisão, Sophia coleciona trabalhos no cinema, teatro e internet. Ela também se dedica ao mundo da literatura e já lançou dois livros: “O Reino das Vozes que Não se Calam”, escrito ao lado de Carolina Munhóz, e a biografia “Numa Outra”, escrita por Camila Fremder.

(Foto: Divulgação)

​​Carla Diaz

Representando a versão brasileira de “Rebeldes”, Carla Diaz é, atualmente, um nome recorrente da mídia nacional por conta de dois atuações marcantes em 2021: sua participação no reality show “Big Brother Brasil” e os filmes “A Menina Que Matou os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais”, que relatam o assassinato do casal Richthofen sob o ponto de vista de Suzanne e dos irmãos Cravinhos – duas versões diferentes sobre um mesmo caso, baseado em documentos oficiais do julgamento. Lançados simultaneamente na plataforma de streaming Prime Video, da Amazon, os longas foram um sucesso de audiência, alavancando ainda mais o nome de Carla. 

Sua trajetória profissional, no entanto, carrega um extenso currículo. A atriz iniciou a sua carreira em 1992, com apenas dois anos, fazendo comerciais para a televisão. Em 1997, ficou nacionalmente conhecida na novela infanto-juvenil “Chiquititas”, onde atuou por três temporadas. No início dos anos 2000, na Rede Globo, teve papéis marcantes em novelas como “Laços de Família” e “O Clone”, onde  interpretou a muçulmana Khadija Rachid, filha da protagonista Jade, interpretada por Giovanna Antonelli. 

Mais do que muitos outros artistas, Carla pode dizer que conhece as particularidades por trás de cada grande emissora do país. Após passagens pelo SBT e pela TV Globo, assinou contrato com a Rede Record e participou de algumas novelas – a mais marcante delas, claro, “Rebeldes”. Ali, ela se consagrou entre o público adolescente. Hoje, com quase 10 milhões de seguidores no Instagram, já é conhecida por diversos públicos e consegue migrar por diversas temáticas do entretenimento. 

(Foto: Divulgação)

Lua Blanco

Uma das queridinhas do folhetim da Record, Lua Blanco, hoje com 34 anos, deu vida a Roberta Messi. A atriz iniciou a carreira artística como vocalista da banda Lágrima Flor e apresentadora da TV Globinho, em 2009. Mas foi na Record que ganhou maior popularidade. 

Além da participação em “Rebeldes”, Lua também integrou o elenco das telenovelas “Três Irmãs” e “Malhação”, ambas na Globo. Além da televisão, encontrou um tempo para se dedicar à faculdade: cursou letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio).

Assim como Sophia Abrahão, Lua também dedicou boa parte de sua carreira à música, muito graças à família: é neta de um dos maiores músicos da bossa nova, Billy Blanco. 

Em 2001, aos 14 anos, iniciou de fato sua carreira musical, com pequenas apresentações em barzinhos e casas de espetáculos da cidade do Rio de Janeiro. Na época, ela se apresentava com o grupo Família Blanco. Em 2004, eles gravaram o CD “Família Blanco – É Natal”.

Em 2018, acertou uma participação em “Popstar”, reality musical da Globo, no qual os participantes cantam uma música a cada semana até que um é escolhido como vencedor. Desde 2012 Lua  vem lançando álbuns voltados à MPB, bossa nova e outros gêneros.

A atriz também participou de três longas: “Teus Olhos” (2011), “Turbulência” (2014) e “Socorro Virei Minha Garota!”, no qual interpretou Renata. O filme foi rodado em 2016, mas foi lançado apenas em 2019. Também em 2016, ela retornou à Globo para fazer Anita em “A Força do Querer”, novela de Glória Perez, que estreou em 2017. Em 2020, a atriz participou da série “Homens?”, do canal Comedy Central.

(Foto: Divulgação)

Mel Fronckowiak

Melanie Nunes Fronckowiak nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 16 de janeiro de 1988. Filha de mãe psicóloga e pai advogado, cursou jornalismo antes de desfilar nas passarelas. Aos 19 anos, Mel tornou-se modelo após ganhar o título de Miss Mundo Rio Grande do Sul, Miss Personalidade e Miss Sul Mundo. Com uma participação emblemática, ela foi a modelo escolhida para representar o estado onde nasceu no Miss Mundo Brasil 2007, concurso no qual conquistou a vice-liderança. A partir de então, Mel trocou as notícias pelas passarelas e seguiu para os grandes centros da moda mundial, como Paris e Milão.

Sua estreia como atriz foi com uma pequena participação em uma novela da Rede Globo em 2010. No mesmo ano, assinou com a Record e passou a integrar o elenco da telenovela “Rebeldes” (2011-2012), interpretando a personagem bulímica Carla Ferrer, uma das seis vocalistas da banda Rebelde. Fora das telonas, a banda tomou vida e percorreu o Brasil. 

Com uma turnê que contemplou 40 cidades brasileiras, Mel escreveu um livro de memórias sobre sua vida na estrada. O lançamento de “Inclassificável: Memórias da Estrada”, foi em 2013. A atriz e modelo acabou se tornando uma entusiasta da leitura. Pelas redes sociais, lançou o “Caçadora de Palavras”, projeto que visa estimular a produção de poesia entre os jovens.

Desde 2014, quando assinou contrato com a Rede Bandeirantes, Mel se dedica à carreira de apresentadora, exercendo o ofício em diversos programas da emissora, como “A Liga”. Na Globosat, apresentou o programa de turismo “Destino Certo”. Ainda assim, não deixou de lado a atuação e fez parte de “El Hipnotizador”, série bilíngue da HBO, e “3%”, a primeira série brasileira da Netflix. 

(Foto: Divulgação)

Maite Perroni

Nascida em 9 de março de 1983, na Cidade do México, Maite Perroni Beorlegui começou sua carreira na televisão interpretando a personagem Lupita na novela mexicana “Rebelde”. Graças ao trabalho, ficou mundialmente conhecida, estrelando turnês mundiais com a banda RBD. Há cerca de 11 anos, ela estava no auge da fama internacional quando o grupo foi desfeito. O baque poderia ter estagnado a vida de Maite, mas não foi isso que aconteceu. 

Presente em diversas telenovelas do México, a atriz é considerada pela mídia mexicana como a representante da nova geração de talentos latinos, além de ser vista como a Rainha das Telenovelas. Em 2015, foi considerada pela revista “People en Español” como um dos 50 latinos mais influentes do mundo. Até o momento, o único sonho que ainda caminhava a passos lentos era o destaque no mercado internacional – algo que não havia acontecido novamente desde a explosão da novela adolescente pelo mundo. 

Em 2020, Maite resolveu essa questão. A série “Desejo Sombrio”, original da Netflix, entrou para o top 10 de conteúdos mais assistidos na semana de sua estreia, sendo renovado para a segunda temporada por conta da aceitação do público. Agora, além do contrato com a gigante do streaming, a artista está com as portas abertas para o mercado norte-americano.

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