Brasil assina carta conjunta que manifesta preocupação com mulheres afegãs

Documento foi apoiado por diversos países mesmo após declaração do porta-voz do grupo, que afirmou que direitos das mulheres serão respeitados
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Em carta conjunta publicada ontem (18), Brasil e outros países manifestaram “profunda preocupação” com mulheres e meninas do Afeganistão, após a tomada de poder pelo Talibã no último domingo. Mesmo depois da declaração do porta-voz, que afirmou que os direitos das mulheres serão respeitados, já há relatos de que mulheres sumiram das ruas de Cabul, capital do país.

A declaração assinada pelo Brasil defende ajuda humanitária e apoio às mulheres afegãs, como forma de fazer com que as vozes femininas sejam ouvidas na comunidade internacional. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), aproximadamente 80% dos cerca de 250 mil afegãos refugiados ou deslocados de sua terra desde o final de maio deste ano são mulheres e crianças. 

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“Estamos profundamente preocupados com as mulheres e as meninas afegãs, e com os seus direitos à educação, ao trabalho e à liberdade de circulação. Exortamos quem ocupa lugares de poder e autoridade no Afeganistão a garantir a sua proteção. As mulheres e meninas afegãs, tal como todos os afegãos, merecem viver em segurança e com dignidade”, diz o comunicado. 

O Talibã governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos retirou os extremistas do poder. Na época, as mulheres não tinham o direito de sair de casa sem a companhia de um homem, eram proibidas de estudar e obrigadas a usar burca. 

Nas últimas duas décadas, as mulheres passaram a frequentar Universidades e, aquelas que assim desejavam, mudaram a forma de se vestir. 

Segundo a cineasta afegã Sahraa Karimi, essas conquistas podem enfrentar retrocessos. “Eles vão tirar os direitos das mulheres: seremos empurradas para as sombras de nossas casas e de nossas vozes, e nossa expressão será abafada no silêncio”, disse. 

Além do Brasil, outros países que assinaram a declaração foram: Albânia, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos da América, Guatemala, Honduras, Macedónia do Norte, Noruega, Nova Zelândia, Paraguai, Salvador, Senegal, Suíça, Reino Unido e União Europeia.

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