Primeira semana de 2022 com mercados estressados

Investidores seguem preocupados com rápido avanço da variante ômicron no mundo e riscos fiscais no Brasil
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As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quarta-feira (5), com exceção do índice de ações japonês Nikkei que encerrou com leva alta de 0,10%. Na Europa, os índices seguem positivos, mas com moderação.

Já no pré-mercado dos Estados Unidos, os índices futuros operam perto da estabilidade ou em baixa, sinalizando uma abertura com cautela nas bolsas em Nova York.

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Aqui no Brasil, o Ibovespa encerrou ontem com baixa de 0,39% aos 103.514 pontos dando sequência às perdas do primeiro pregão de 2022.

No mundo, os investidores seguem preocupados com o rápido avanço da variante ômicron do coronavírus que bate recordes globais de contágio. Na última contagem, o número de infectados havia sido de 2,4 milhões em 24 horas, outro recorde durante todo o período de pandemia.

Em partes do mundo, especialistas acreditam que a variante tenha atingido seu pico e o avanço tenha entrado em estabilidade. Um exemplo é Londres, um dos primeiros países europeus a detectar a nova cepa, em dezembro do ano passado.

Por aqui, o número de contágios avança após as festas de fim de ano. As principais capitais brasileiras estão cancelando as atividades públicas que estavam previstas para o carnaval.

Outra preocupação doméstica é a política fiscal do governo que, após a aprovação do Congresso para o furo no teto de gastos deste ano em mais de R$ 100 bilhões, já discute ampliar despesas para agradar algumas categorias de servidores públicos de modo a satisfazer a base eleitoral do presidente neste ano de eleições.

Hoje à tarde, às 16h no horário de Brasília, o Federal Reserve – banco central dos Estados Unidos – vai divulgar a ata da última reunião do FOMC – sigla em inglês para o Comitê Federal de Mercado Aberto, em que foi decidida a aceleração do fim do programa de incentivos à economia e o aumento de juros em 2022 por três vezes.

Dependendo do tom da ata do Fed, o mercado de câmbio poderá ficar mais estressado. Porém, o efeito maior será amanhã porque o câmbio no Brasil fecha exatamente no horário deste anúncio do banco central norte-americano.

Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem

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