Dólar vai às mínimas em quase sete meses em meio à crise russa

Moeda norte-americana começou a semana a R$ 5,10, enquanto real apresentou melhor desempenho global
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O dólar começou a semana em queda e no menor patamar em quase sete meses frente ao real, com a moeda brasileira ostentando o melhor desempenho global hoje (21), beneficiada pela contínua rotação de fluxos em prol de mercados de juros mais altos – caso do Brasil -, num movimento aparentemente inabalado pela crise geopolítica que envolve a Rússia.

O dólar à vista fechou em queda de 0,70%, a  R$ 5,1059. É o menor valor desde a cotação de R$ 5,0795 em 29 de julho do ano passado.

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Ao longo desta sessão, o dólar variou de R$ 5,156 (+0,28%) a R$ 5,0753 (-1,29%).

Em fevereiro, a divisa cai 3,77%, aprofundando o recuo no acumulado de 2022 para 8,39%. Com isso, além da melhor performance nesta sessão, o real é a moeda que mais ganha contra o dólar na parcial do mês e do ano.

O dia foi de nova valorização das commodities, incluindo o minério de ferro, um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil, o que ajuda a elevar os termos de troca (razão entre preços de exportação e importação), melhorando os fundamentos da taxa de câmbio.

A sessão foi mista entre as moedas emergentes pares do real, e a brasileira mais uma vez se destacou, com fluxos de caça a pechinchas a ativos vistos com potencial de valorização, em dia de feriado nos EUA.

Pelos cálculos do Goldman Sachs, apesar da valorização recente, o real segue como uma das divisas com maior desconto, de quase 30% com base em um modelo de taxa de câmbio de equilíbrio do banco, sobretudo considerando a taxa real de juros embutida para um ano, não distante de 10%.

Essa combinação deixa a moeda brasileira em posição de ainda maior blindagem em meio à crise geopolítica que tem nocauteado o rublo russo e “divisas satélites europeias”. De acordo com o Goldman Sachs, pelos modelos o real seria a quarta moeda mais vulnerável à desvalorização do rublo, mas o que se vê neste ano é a taxa de câmbio se apartando do histórico e servindo de “hedge” para a turbulência nos mercados do país euroasiático.

Não por acaso, o real segue atraindo apostas de alta. Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fizeram na semana encerrada na terça-feira passada nova compra líquida de contratos de real, levando as apostas favoráveis à moeda brasileira ao maior patamar em cinco anos.

Contudo, esse movimento pode estar próximo do limite, alertaram estrategistas do Citi. “A sazonalidade é menos favorável para a adição de posições ‘compradas’ em reais na segunda quinzena de fevereiro”, disseram os profissionais em nota, mantendo, porém, as apostas já em curso.

(Com Reuters)

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