Saiba como o consumo colaborativo pode te ajudar a equilibrar as finanças 

A tendência de alugar itens ao invés de comprar: será que veio para ficar? Pesquisa aponta que 74% das pessoas já experimentaram esse tipo de consumo
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O mercado nos apresenta de forma recorrente novas ideias, e formas de experimentar e consumir. Seja por motivos de resolver determinadas necessidades e promover a experimentação, ou pela grandeza de fazer um consumo mais sustentável e consciente. 

O fato é que o consumo colaborativo, termo que surgiu em 2009 nos Estados Unidos, junto a uma crise econômica, e que tem como premissa o uso de itens e recursos a partir do empréstimo, compartilhamento, doação ou troca, pode ajudar, e muito, você a economizar. 

Neste artigo, vamos conhecer melhor como esse modelo funciona, quais são os resultados, benefícios e vantagens, e conversar com uma especialista no assunto.  

Aluga-se! 

Em um levantamento nacional publicado em 2019 e promovido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revela que 74% das pessoas já utilizaram algum produto ou serviço por meio do consumo colaborativo. 

Além disso, a pesquisa mostra que, em um ano, houve um aumento de 68% para 81% dos brasileiros que expressam uma vontade de inserir a prática desse modelo no seu dia a dia nos próximos dois anos, incluindo diferentes classes sociais e faixas etárias. 

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Entre as modalidades que possuem o maior potencial para o consumo colaborativo, vemos o seguinte resultado: 61% para o uso de espaços físicos compartilhados de trabalho, conhecidos como coworking, 59% para troca ou aluguel de brinquedos, e 59% para hospedagem de animais de estimação casa de terceiros.  

Para quem já é adepto à prática, o registro mais comum inclui caronas para deslocamentos do dia a dia locais ou viagens (42%), aluguel de casas e apartamentos para temporada (38%), e locação e compartilhamento de roupas (33%).  

Isabela Pereira de Souza, 29 anos, de São Paulo, publicitária e empresária de uma marca de aluguel de roupas, acredita que os hábitos de consumo sustentável é uma crescente no mercado, em especial, junto com a presença da geração Z, entre os consumidores, que priorizam comportamentos mais conscientes e imprimem um novo significado para a sua relação com hábitos de compra. 

“É um grupo que prioriza alternativas mais significativas, éticas, justas e sociais. É a geração do ser, compartilhar, viver e experimentar, e menos a geração do “ter”. E foi avaliando esse cenário e para atender a essa demanda que criamos a nossa empresa (Look & Closets).”, completa.

E a Isabela tem razão, pois, ainda de acordo com a pesquisa que comentamos, a satisfação de quem utiliza o consumo colaborativo é de 91% das pessoas entrevistadas. Além disso, 70% dizem ter refletido sobre a economia que essa prática traduz no seu orçamento, e 40% considera substanciais os recursos que pouparam.

Equilibre as suas finanças

“Compre o que for usar muito e alugue o que for usar pouco, essa é a forma mais inteligente, econômica e sustentável de viver. Dentro do cenário que atuo, comprar uma peça de roupa, pagar o preço cheio e deixá-la parada no armário é uma conta que não fecha. A peça não se paga. Com o aluguel você paga por uso e tem ela disponível o tempo todo numa espécie de closet (armário) digital.”, comenta Isabela.   

Os dados da pesquisa em questão continuam comprovando essas afirmações. Veja os números que são revelados entre os adeptos ou não, 98%, que veem vantagens no consumo colaborativo:

  • 45% observam oportunidades de economizar dinheiro;
  • 44% reconhecem que evitam desperdício;
  • 43% afirmam que a prática diminui o consumo excessivo;
  • 34% acredita que ajudam a poupar energia e recursos naturais;
  • 33% entendem que dessa forma ajudam outras pessoas. 

Ainda dentro dessa perspectiva, 57% demonstra que a economia de dinheiro é o fator que mais pesa na hora de decidir pelo consumo colaborativo, enquanto 44% avalia a questão pelo lado da contribuição social e com o meio ambiente, e 29% economizam tempo, algo muito relevante nos dias de hoje.

Vale também comentar que pelo lado do empreendedorismo, assim como sugere a iniciativa da Isabela, o consumo colaborativo estimula novos negócios fora da cadeia tradicional. 

“O consumo não vai mudar, mas a forma de consumirmos sim. É até mesmo um alerta para grandes marcas e corporações de que, como consumidores, exigimos mais transparência, ética e ações reais em prol de um mercado mais justo e sustentável. Na moda, especificamente, é sabido que é uma das indústrias que mais crescem no mundo e das que mais poluem também.”, afirma Isabela. 

Consumo colaborativo: o outro lado da moeda

Mesmo com esses motivos e dados expressivos, ainda vemos uma falta de confiança das pessoas em relação a utilização desses serviços colaborativos.

Segundo a pesquisa, 45% dos respondentes ainda têm medo de serem enganados, 43% apontam que falta informação e 38% têm receio de lidar diretamente com pessoas desconhecidas. 

Para Isabela, a questão do conhecimento sobre o funcionamento desse mercado é um grande desafio para o seu negócio, e ela afirma que é algo cultural, mas que pode ser desconstruído.

“Leva tempo para mostrar para algumas pessoas que elas não precisam necessariamente serem donas para sempre de algo. Elas podem ter acesso quando necessário, poupar dinheiro e usufruir temporariamente de maneira completa daquele benefício. É um novo hábito e uma nova mentalidade, e que precisamos compartilhar também mais informação sobre a prática, para que ela gere confiança e tire o medo do desconhecido.”, finaliza. 

Como perder o medo de usar o consumo colaborativo

Opções de produtos e serviços para você alugar e usar temporariamente não faltam. Carro, bicicleta, roupas, livros, móveis, casas, apartamentos, e muito mais. Basta entender qual a sua necessidade e o que faz sentido para a sua rotina. 

Dicas para você começar a introduzir o consumo colaborativo na sua vida: 

Pensou em adquirir algo? 

Pesquise se há empresas que oferecem o uso desse produto ou serviço de maneira temporária.

Encontrou algo que atenda a sua necessidade? 

Agora, busque informações sobre a reputação dessa empresa e veja as recomendações, ou reclamações, de quem já utilizou

Utilizou o serviço ou produto? 

Publique e compartilhe a sua experiência, parte do sucesso do consumo colaborativo está também nesse ciclo de dividir a sua experiência. 

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Crie uma lista de empresas de diferentes setores que são da sua confiança, estabeleça vínculo e tenha sempre acesso às vantagens desse modelo de consumir.   

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