Conheça Jutta Kleinschmidt, campeã do Rali Dakar que estrela nova campanha da Pajero

Pilota alemã, que venceu a competição em 2001, é a protagonista do comercial que celebra as quatro décadas do SUV
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Jutta Kleinschmidt
Jutta Kleinschmidt foi primeira e única mulher a vencer o Rali Dakar (Foto: Reprodução)

Em 21 de janeiro de 2001, a alemã Jutta Kleinschmidt fez história ao se tornar a primeira e única mulher a vencer o Rali Dakar, uma das provas mais difíceis do mundo. Ao lado do navegador Andreas Schulz, a piloto conduzia seu Mitsubishi Pajero Evolution. Duas décadas depois, Jutta foi a estrela da campanha publicitária que celebra os 40 anos do SUV.

O comercial estreou no intervalo do Super Bowl, jogo final do campeonato da NFL, a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos. O filme de três minutos faz parte da campanha da montadora japonesa para celebrar a data, que recria a última corrida da temporada da competição, disputada na capital do Senegal.

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Linha de largada

Jutta nasceu em Colônia, na Alemanha, em 1962, mas foi criada em Berchtesgaden, na Bavária. Mesmo contra a vontade dos pais, aos 18 anos juntou dinheiro para comprar sua primeira motocicleta. Com a nova aquisição, fazia trilhas, boa parte delas na neve.

Ainda assim, acredite ou não, ela se graduou em física em 1988, ano que marcou um novo ciclo em sua vida. E isso não foi por conta de números e leis de atração e reação. Na verdade, foi também aos 26 anos que Jutta fez sua estreia no Dakar, pilotando uma moto BMW. Mas seu objetivo, na época, era muito simples: apenas completar uma corrida, que durava dias.

Quatro anos depois, Jutta voltou a encarar os desafios do principal rali do mundo. Naquele 1992, a competição teve o maior trecho da sua história: 12.427 km. Saindo de Paris, os pilotos cruzaram todo o continente africano até chegar à Cidade do Cabo, na África do Sul. Jutta terminou em 23º lugar, mas a pilota considera a competição, ainda hoje, uma das mais importantes de sua carreira, afinal, foi a primeira vez que ela conseguiu completar a prova.

Em 1994, ela voltou ao rali, desta vez sobre duas rodas: uma motocicleta KTM. No ano seguinte, Jutta trocou a moto pelo carro e competiu ao lado de Dagmar Lohmann, sua navegadora. Sua estreia com uma Mitsubishi Pajero a colocou em 12º lugar na competição, mostrando que ela não estava para brincadeira.

Um rali e tanto

Jutta passou, em seguida, a competir com um Buggy desenhado pelo seu então namorado, Jean-Louis Schlesser. Mas, mal sabia ela, que teria de competir contra o próprio Schlesser anos depois para vencer seu primeiro Dakar. Ano após ano, Jutta amadurecia sua corrida e técnica, o que mostrava que uma vitória era apenas questão de tempo.

Finalmente, o topo do pódio chegou em 2001. Aos 38 anos, Jutta teve de lidar com o forte calor durante o dia, frio intenso à noite e dias sem banho, além das incertezas de trechos ameaçadores em países como Mauritânia e Mali. Apesar de a pilota reconhecer que teve um pouco de sorte, a vitória foi alcançada na raça. Afinal, ela disputava com dois grandes nomes do esporte na época: o ex-namorado Jean-Louis Schlesser e o piloto Hiroshi Masuoka.

E, apesar de ter vencido a corrida no dia 21 de janeiro, Jutta comemorou a conquista apenas em 7 de março. Isso porque Schlesser foi punido pela organização da prova por não ter respeitado a ordem de largada da penúltima etapa. O piloto, então, entrou com um recurso, que foi negado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e confirmou a vitória de Jutta e Andreas.

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Ao vencer o maior rali do mundo, Jutta se tornou um ícone feminino do esporte a motor. Hoje, aos 59 anos, é presidente da comissão de rali Cross-Country da FIA e lidera uma iniciativa para treinar e apoiar jovens pilotas a perseguirem seus sonhos no automobilismo.

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