Após recordes históricos de altas nas bolsas norte-americanas vistos recentemente, os investidores voltam a se abater com a ameaça representada pela Covid-19.
Desta vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz o alerta: “O mundo está entrando na quarta onda de Covid-19”. Estas foram as palavras da brasileira Mariângela Simão, diretora-geral adjunta da instituição.
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Ainda não se sabe o impacto que a pandemia terá desta vez na economia. Trata-se da chamada “pandemia dos não-vacinados”. Mas os mercados sentem o baque. Os índices europeus de ações tiveram perdas acentuadas, na maioria, nesta terça-feira (23). Nos Estados Unidos, mais baixas que ganhos nas bolsas de valores. Por aqui, o Ibovespa oscila com o pessimismo global diante de um novo avanço da doença.
O tema coadjuvante por aqui é a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC dos Precatórios, que atrai a atenção dos investidores.
Após a formação de maioria no Supremo Tribunal Federal pela autorização ao governo para conduzir a aprovação da PEC no ano que vem, ano eleitoral, o tema deixa, aos poucos, de servir como estresse aos negócios na bolsa. Já não há mais pressa para a aprovação este ano no Congresso.
Tudo por conta da emenda no texto da PEC dos Precatórios que permite o furo no teto de gastos do governo para 2022. A proposta pretende gastar mais de R$ 100 bilhões acima do orçamento para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400 mensais para 17 milhões de famílias ao longo do próximo ano.
Um benefício necessário, mas que também deve ser sustentável e coerente com a arrecadação no país. Deve ser pensado não só para agradar eleitores no ano que vem, mas no longo prazo, uma vez que não estamos isolados em um mundo sob constante ameaça da pandemia, de suas consequências à economia e, principalmente, no impacto negativo às pessoas mais pobres e vulneráveis de uma nação.
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