A derrocada das varejistas na bolsa

Notícias quentes sobre o mercado financeiro, por Luciene Miranda
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A bolsa de valores antecipa os movimentos dos diferentes setores da economia. Você vê o desempenho das ações e, alguns meses depois, aquele mesmo efeito no segmento, só que na economia real.

Nesta terça-feira (16), as ações do varejo não deixaram dúvidas mesmo para quem ainda questionava o baque sofrido pelo setor em 2021. Consequência da redução do poder de consumo da população brasileira, inflação descontrolada, desemprego elevado, juros altos somados à conduta fiscal sem responsabilidade do governo.

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Na lista das maiores quedas do Ibovespa, Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 12,65% a R$ 9,74, Locaweb (LWSA3) caiu 11,78% a R$ 16,85, Lojas Americanas (LAME4) fechou com desvalorização de 9,26% a R$ 5,98, Americanas (AMER3) recuou 8,77% a R$ 34,12 e Méliuz (CASH3) caiu 8,01% a R$ 3,56.

A maioria das empresas de varejo conseguiu um bom desempenho no ano passado, durante a pandemia, com vendas turbinadas pelo e-commerce durante a quarentena da população. E estes números, comparados aos resultados mais recentes divulgados na temporada de balanços do terceiro trimestre de 2021, só expuseram ainda mais a fragilidade do setor neste período de pandemia controlada no Brasil.

Outro indicador hoje da necessidade de varejistas de um reforço no caixa foi a oferta de 1 milhão de novas ações – operação conhecida como follow on – da Mercado Livre (MELI) com o objetivo de captação de US$ 1,6 bilhão.

A sazonalidade do segmento com o aquecimento das vendas para o Natal deve trazer alguma reação, mesmo que breve. No entanto, pode ser também motivador de um maior endividamento das famílias brasileiras.

Por tudo isso, tenha sempre muita atenção ao acompanhar as notícias do setor de varejo e o desempenho das ações das companhias deste segmento na bolsa brasileira.

Por ora, uma notícia boa vinda da indústria de alimentos que, mesmo após bons resultados no caso das companhias mais globalizadas, ainda busca captação de recursos no mercado de dívidas corporativas. Acompanhe:

  • JBS (JBSS3) teve nota de crédito BBB- atribuída a sua emissão de US$ 1 bilhão em notas sêniores com vencimento em 2027 pela agência de classificação de risco Fitch. A agência também atribuiu a mesma nota à emissão de US$ 1 bilhão em notas vinculadas à sustentabilidade pela companhia com o objetivo de redução de emissão de carbono.

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