Em time que está ganhando não se mexe

Notícias quentes sobre o mercado financeiro, por Luciene Miranda
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Esta manhã, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agradou os participantes do mercado com a decisão de manter Jerome Powell para mais um mandato no comando do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos.

Muito se especulou sobre a substituição de Powell por Lael Brainard, integrante do FED desde 2014, que possui uma linha mais progressista. Com a decisão de Biden, Brainard foi nomeada vice-presidente do FED para este novo termo.

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Para justificar a decisão, Biden ressaltou as qualidades de Powell, principalmente na condução da economia dos Estados Unidos durante a crise causada pela pandemia de Covid-19.

Como ajuda para a recuperação do país, o FED realizou um plano muito comum lá que é a “injeção de dinheiro” no mercado por meio da compra de ativos. No auge deste programa, o banco central chegou a comprar US$ 120 bilhões por mês em títulos do Tesouro (Treasuries) e também ligados a hipotecas. O valor total deste dinheiro extra colocado na economia ultrapassou US$ 4 trilhões.

Só há poucos meses, o FED optou por reduzir estas compras, gradualmente. Antes disso, deu avisos sistemáticos e com bastante antecedência ao mercado.

Agora, aumentam as especulações em torno de quando o FED vai aumentar a taxa básica de juros, que foi reduzida para perto de zero durante a crise também como ferramenta para estimular a economia.

Se Brainard fosse escolhida, uma decisão mais tardia para a elevação dos juros básicas seria a hipótese mais provável, segundo as apostas do mercado. Com Powell, esta alta dos juros – também chamada de “aperto monetário” – deve começar mais cedo. Afinal, a recuperação da economia norte-americana vai muito bem, mas a inflação lá também assusta.

A consequência imediata da escolha de Biden foi um ânimo a mais nos negócios nas bolsas dos EUA nesta segunda-feira (22), que contagiou também a bolsa brasileira.

Isso quer dizer que, embora os investidores da renda variável não gostem muito deste papo de alta de juros, eles também são avessos às mudanças. Prezam a previsibilidade.

Prova de que, em qualquer lugar do mundo, a regra para o investidor de bolsa de valores é igual à do futebol: em time que está ganhando, não se mexe.

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