Os negócios iam muito bem na bolsa de valores brasileira, embalados pelo otimismo nos mercados norte-americanos, mas os investidores devolveram ganhos antes do fechamento nos dois mercados.
Nos Estados Unidos, os índices não resistiram a uma venda generalizada de ações de companhias de tecnologia devido aos temores de alta nos juros por Jerome Powell, mantido hoje no cargo de presidente do Federal Reserve, o banco central daquele país.
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Por aqui, os investidores resolveram não levar riscos para o pregão do dia seguinte após a sinalização em Brasília de que o teto de gastos do governo poderá ser ultrapassado em um valor maior do que o inicialmente previsto e aprovado pela Câmara dos Deputados.
Agora, a PEC dos Precatórios em tramitação no Senado que discute esta mudança nas despesas do governo para 2022, prevê um gasto extra de R$ 106,1 bilhões.
O dinheiro não existe, ou seja, ainda não foi arrecadado. Portanto, trata-se de uma dívida a ser feita para o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 mensais até o encerramento do próximo ano a 17 milhões de famílias.
Na bolsa, o Ibovespa segue negativo em novembro. Após o pregão desta segunda-feira (22), o índice apresenta queda de 1,33% no mês, recuo de 14,19% em 2021 e perda de 3,69% no acumulado de 12 meses.
Não se trata de o mercado brasileiro ser “nervosinho” com notícias políticas. Mas, sim, de um movimento com investidores se preparando para as graves consequências ao país causadas por um iminente e grandioso desrespeito fiscal.
A bolsa apenas antecipa, em alguns meses, o que ocorrerá na economia real.
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