Na bolsa brasileira, hoje é dia de caça às pechinchas ou de Black Friday atrasada em quase uma semana. Após o tombo da bolsa nos últimos cinco meses, os investidores aproveitam para comprar ativos considerados baratos em sintonia com a alta das bolsas em Nova York.
Nem causou impacto no mercado de ações brasileiro a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre de 2021, que apontou recuo de 0,1%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também anunciou uma revisão do PIB do segundo trimestre para queda de 0,4% de uma leitura anterior negativa em 0,1%.
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Os dados podem parecer um monte de percentagens, mas confirmam que o país está em recessão, ou seja, com a economia estagnada, parada. Oficialmente, o Brasil entrou em uma recessão técnica, ou seja, tem dois trimestres seguidos de queda do PIB.
Recessão junto com inflação representam uma estagflação, situação bem difícil de ser administrada pelo banco central que precisa controlar a inflação usando como ferramenta a elevação da taxa de juros do país mas, ao mesmo tempo que aumenta os juros, piora o consumo e, por consequência, o desemprego.
Em resumo, estamos num mato sem cachorro.
O mais sensato a fazer neste momento, seja dentro das finanças das famílias ou mesmo com as finanças do país, é evitar os gastos desnecessários. O ano de 2022 se aproxima com um cenário econômico ainda pior e as dívidas só podem complicar a situação.
A bolsa pode até estar subindo hoje, mas sabemos que o movimento é temporário. As perdas dos últimos meses, em especial nas ações do setor de varejo, só nos mostram a situação que está por vir, já que a bolsa antecipa os movimentos econômicos em alguns meses.
Cautela e responsabilidade com as contas neste momento são fundamentais. É isso que devemos buscar em nossas vidas e também é o que deveria ser perseguido por quem tem controle das finanças deste país.
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