A reunião do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, tem dois dias de duração. Antes do encerramento do segundo dia, os mercados já demonstravam mais alívio e os índices de ações tinham altas consistentes.
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Hoje, no fim da tarde, o presidente do Fed, Jerome Powell, confirmava, em parte, o que o mercado já sabia. Alta de juros e fim das medidas de estímulo à economia só em março, na próxima reunião da autoridade monetária.
No entanto, uma fala enigmática deixou investidores em dúvida em relação à quantidade de altas dos juros ao longo de 2022.
O resultado do dia foi forte alta antes do discurso e de perda de confiança após as palavras de Powell.
A taxa básica de juros nos EUA está perto de zero desde os primeiros meses da pandemia de Covid-19 como forma, na época, de acelerar uma recuperação da economia. Outra medida de estímulo foi a compra de títulos de Tesouro e de hipotecas pelo Fed que, no auge, atingiram US$ 120 bilhões mensais. Em fevereiro, o Fed já avisou que esta compra será de US$ 30 bilhões.
O resultado de tudo isso foi sim a reação da economia norte-americana, mas com o efeito colateral da alta da inflação que fechou 2021 a 7%, em um avanço que não era visto em 40 anos.
Outro efeito colateral é o inchaço do Fed após tantas compras de ativos durante o período. Um balanço que está em US$ 9 trilhões. Por isso, Powell já avisa há algum tempo o mercado de que irá reduzir o tamanho deste balanço. Mas, de acordo com o comunicado de hoje, isso deve ocorrer lá pra junho, após a alta de juros e fim das compras de títulos.
A alta estimada da taxa básica de juros norte-americana para o fim de 2022 é até 1% ao ano. Isso é muito longe da nossa realidade de Taxa Selic a 9,25% logo na entrada do ano e que pode subir para 10,75% na reunião do comitê do Banco Central na semana que vem.
É assim a vida do brasileiro. Se servir de consolo, a bolsa brasileira subiu bem hoje: alta de 0,98% aos 111.289 pontos.
Em 2022, o avanço acumulado do Ibovespa está em 6,16%.
Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem
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