Os bancos centrais contra a inflação

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Tanto nos Estados Unidos, quanto aqui no Brasil, a terça-feira (11) foi das autoridades monetárias, ou seja, dos bancos centrais. Os holofotes estavam voltados a eles e os movimentos nas bolsas de valores foram reação direta das informações passadas pelos BCs.

Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve – o banco central norte-americano – deu depoimento ao Senado sobre a política monetária prevista para 2022. E ele, que já havia anunciado alta de juros em três vezes ao longo deste ano, antecipação do fim das medidas de estímulo à economia e, possivelmente, medidas extras de combate à inflação, desta vez, falou aquilo que o mercado gosta de ouvir: que os EUA estão em uma era de juros muito baixos e que, mesmo com a alta da taxa básica, o cenário continuará assim.

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Foi o suficiente para fazer os índices de ações subirem nas bolsas em Nova York e também no Brasil.

Por aqui, a atenção foi em relação à carta enviada ao Ministério da Economia pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A prática é praxe sempre que o BC não atinge a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Esta meta tinha como ‘teto’ 5,25% ao ano.

Hoje, a inflação oficial de 2021 medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgada pelo IBGE a 10,06%, a maior desde 2015.

Na carta, Campos Neto afirma que, possivelmente, a meta de inflação de 2022 também não será atingida e, por isso, o BC continuará a aumentar a taxa básica de juros no mesmo ritmo austero que vem sendo adotado desde o ano passado.

Roberto Campos Neto apontou três motivos para o BC não ter atingido a meta de inflação: a alta dos preços em real, a bandeira de energia elétrica de escassez hídrica cobrada em 2021 durante o período de seca, além de um desequilíbrio de oferta e demanda de matérias-primas.

Além dos problemas dentro do país, o presidente do BC também alertou para o impacto da inflação importada do exterior devido à alta no preço do petróleo e das commodities em geral, além da taxa de câmbio.

Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem  

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