Se você não sabia o significado do termo ‘aversão ao risco’ em mercado financeiro, hoje vai entender definitivamente.
O ataque russo pela região leste da Ucrânia registrado ontem por volta das 11 horas da noite, no nosso horário, pegou os mercados de surpresa. Por quê?
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Porque os investidores, mesmo acompanhando a escalada da tensão naquela região, acreditavam na eficácia das negociações diplomáticas para evitar um conflito de fato.
Quando mercados são pegos de surpresa em uma situação tão adversa que envolve vários países, entre eles, os mais ricos e poderosos do mundo, os ativos reagem de maneira brusca, extremamente fora do normal.
Os índices de ações despencam, como aconteceu em todas as bolsas do planeta, principalmente na Rússia – diretamente envolvida – e nos países europeus que dependem do petróleo e do gás natural russos.
As cotações das commodities disparam alta. E entre elas, o petróleo, é o mais sensível ao conflito porque a Rússia é o segundo maior produtor global, atrás dos Estados Unidos.
Pela manhã, a cotação do petróleo Brent disparava alta de 8% com o barril a mais de US$ 105,00.
E o ouro? Este é o ativo considerado mais seguro em situações de aversão ao risco. A cotação disparou alta de 3% também pela manhã.
Outro ativo considerado ‘porto seguro’ em situações de aversão ao risco e que sobe de maneira muito expressiva em circunstâncias como essa é o dólar.
Aqui no Brasil, a cotação da moeda norte-americana vinha recuando nos últimos dias, mas hoje dispara mais de 2,50% de valorização em relação ao real.
Nas próximas horas, a tendência é que os mercados se acostumem com a nova realidade e os ativos voltem, aos poucos, para patamares considerados mais normais no dia-a-dia dos negócios.
No entanto, para suas tomadas de decisão relacionadas a investimentos, é importante você acompanhar tudo, se resguardar, acompanhar noticiários especializados, como o nosso da EQL, para evitar as perdas com a desinformação.
Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem
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