Viajei para aprender inglês, mas voltei com uma lição de vida

Experiência fez com que eu entendesse a minha paixão e a necessidade de me aventurar e conhecer o máximo que posso deste nosso mundo
avatar Gisele Abrahao
Alex Wong/Unsplash
Para Gisele, Sydney está no topo da lista de cidades mais lindas do mundo (Foto: Alex Wong/Unsplash)

Separei uma história para dividir com vocês que acredito ser bastante interessante e que ilustra também a importância de entender e aceitar momentos, como no meu caso relatado abaixo. Já deu para perceber nos meus outros textos da coluna que sempre que tenho a oportunidade de viajar, eu vou!

Minha primeira experiência de me aventurar pelo mundo afora foi quando tinha acabado de fazer 19 anos, estava ainda no segundo ano da faculdade e próxima a embarcar na primeira viagem para fora do Brasil. Em um dia de aula, durante um bate-papo num barzinho ao lado da universidade, soube que uma amiga havia decidido fazer um curso de idioma de inglês na Austrália e não foi preciso muitos detalhes e convencimento para eu decidir me juntar a ela. 

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Antes de chegar na Austrália, em Sydney, minha base do inglês era praticamente inexistente e assim que cheguei no país confirmei que também era diferente do que eles falavam, uma pronúncia totalmente diferente do que já tinha ouvido. Mas mesmo assim não deixei de curtir e absorver cada canto da linda cidade. Vale mencionar aqui que Sydney, na verdade, não é linda, mas sim maravilhosa. Está sem dúvida alguma no topo da lista de cidades mais lindas do mundo. Realmente existe uma clara magia por lá devido à mistura de tradições e arquitetura britânica, com um ar mais tropical e atitudes mais “relax”.  A Austrália é realmente incrível com uma energia pulsante e natureza surreal.

A verdade é que não durei muito no curso de inglês. Eu não sei exatamente como explicar o que sentia dentro da sala de aula, mas via a necessidade e urgência dentro de mim de explorar e tentar viver aquele país como um todo. Ao saber da super logística que eles têm para viajar pelo país inteiro de ônibus foi bem fácil me organizar e partir para fazer um mochilão pelo país… mesmo sem falar inglês. Além do mais, temos que aproveitar alguns bônus que a vida nos dá e nessa situação foi a companhia do meu primo Chris que topou encarar esta aventura e falava o idioma muito bem!

Divulgação/Destination Gold Coast
Gisele também visitou outras cidades como Byron Bay, Brisbane, Gold Coast (foto), Cairns (Foto: Divulgação/Destination Gold Coast)

Subimos em alguns ônibus e passamos por várias regiões do sul ao norte do leste da Austrália incluindo paradas em Byron Bay, Brisbane, Gold Coast, Cairns… Visitamos atrações, curtimos algumas trilhas, mergulhamos no mágico Great Barrier Reef, relaxamos em praias paradisíacas, e fizemos amizade com pessoas de todos os cantos. Encontramos bastante brasileiros por lá, o que trazia bastante felicidade, de compartilhar experiências diferentes do Brasil e também pelo idioma, que ficava muito mais fácil para nos comunicarmos.

Adicionei ao percurso, uma visita a Bali na Indonésia e logo após fui também para vários lugares da Nova Zelândia, por serem destinos fascinantes perto da Austrália. Inclusive, uma dica para os viajantes, vale muito a pena você adicionar esses destinos quando estiver viajando pela região da Oceania. Eles se combinam e se completam bastante.

Contra muitos e de certa forma rebelde, estendi minha estadia na Austrália, não pela razão inicial – aprender  inglês – mas para vivenciar aquela riqueza de aprendizados por mais tempo. Sai de casa no Brasil com a certeza e a promessa que estava indo para aprender inglês. Voltei depois de meses sabendo quase nada do idioma. Mas explorei a Austrália, a Indonésia e a Nova Zelândia que ninguém que eu conhecia jamais havia feito. Vivência que me agregou e me proporcionou a tranquilidade da certeza de ter feito o certo para mim.

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Eu aceitei muito bem ter viajado para a Austrália e voltado sem falar inglês. Foi graças a essa experiência, essa chance, que entendi minha paixão e necessidade de me aventurar e conhecer o máximo que posso deste nosso mundo. 

Tudo bem não ser agora, talvez depois, com mais calma, você consiga atingir o que quer. Mas não se feche para oportunidades. Com certeza vivi e aprendi mais coisas valiosas nesses mochilões inesperados, do que se tivesse seguido as regras e tentado aprender de forma mais clássica.

Agora uma dica… Viaje sempre que puder para qualquer um dos lugares pelo mundo.

Gisele Abrahão é uma viajante do mundo, empreendedora consciente, criadora do prêmio Impactos Positivos e idealizadora da plataforma Lugares pelo Mundo.

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