Depois de ver sua receita anual recorrente crescer 35 vezes no último ano, a SafeSpace fechou sua segunda rodada de investimentos com um aporte de R$ 11 milhões – o maior obtido por uma startup liderada por mulheres no Brasil. Fundada em março de 2020, a plataforma digital tem como propósito tornar os espaços de trabalho mais seguros e inclusivos. Para isso, facilita a denúncia de casos de assédio e discriminação em ambientes profissionais.
Por trás da ideia estão quatro jovens empreendedoras: Rafaela Frankenthal, Giovanna Sasso, Natalie Zarzur e Claudia Farias. Juntas, as empresárias conseguiram chamar a atenção de companhias como Creditas, Petlove, isaac e o unicórnio NotCo. Ao todo, quase 50 empresas já aderiram à solução, um impacto sobre 15 mil colaboradores de sete países diferentes.
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Ao contrário de outros canais digitais de denúncia, a SafeSpace procura criar uma relação de confiança entre os usuários e o sistema. Dessa forma, é possível definir condições onde, além de anônimos, os relatos cheguem de forma coletiva caso um mesmo indivíduo seja denunciado por mais de uma pessoa. O recurso facilita o papel do departamento de recursos humanos na identificação de padrões internos de comportamento.
De acordo com a startup, a plataforma consegue ser até cinco vezes mais eficiente do que outros canais na hora de evidenciar problemas de má conduta. Com isso, as soluções tendem a ser tomadas até três vezes mais rápido do que o convencional.
O aporte, liderado pelo fundo ABSeed Ventures, contou com a participação do DGF Investimentos e de investidores-anjo, assim como na primeira rodada, em março de 2020. Na época, a SafeSpace recebeu o investimento de pessoas como Ariel Lambrecht, fundador da 99; Ann Williams, COO da Creditas; Mariana Dias, CEO da Gupy; e Luciana Caletti, fundadora do antigo Love Mondays.
Com a carta na mão para expandir o negócio, as fundadoras ressaltam o movimento paralelo de aumento de casos de má conduta em meios profissionais. Em 2020, durante a pandemia, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu aproximadamente 5.000 denúncias de assédio moral e cerca de 300 denúncias de assédio sexual. “Recebemos muitos contatos de empresas que estão sendo direcionadas por investidores de capital de risco ou private equity a implementarem soluções de compliance mais eficientes. Isso é uma prova de que a postura do mercado está mudando”, diz Rafaela.
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