Ibovespa tem nova semana de alta com recordes em NY e noticiário corporativo aquecido

Índice acumula terceira alta seguida, embora tenha ocorrido pouco avanço palpável nas frentes de saúde, política e fiscal no Brasil
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O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (16) e arrematou mais uma semana de valorização, a terceira seguida, em movimento endossado por máximas em Wall Street e noticiário corporativo aquecido, embora tenha ocorrido pouco avanço palpável nas frentes de saúde, política e fiscal no Brasil.

Nos Estados Unidos, os primeiros balanços da temporada do primeiro trimestre chancelaram a percepção de forte recuperação já indicada por dados econômicos e apoiada principalmente na agilidade do processo de vacinação no país.

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Em Nova York, o S&P 500 bateu recordes consecutivos, assim como o Dow Jones.

Além disso, números sobre a economia chinesa continuaram a alimentar perspectivas positivas para a demanda de matérias-primas, produto de empresas que correspondem a uma parcela relevante na composição do Ibovespa, e que se beneficiam do atual cenário de reabertura, reflação e rotação de portfólios.

Vale, dona da maior fatia na carteira teórica do Ibovespa, de mais de 11%, renovou recordes nessa semana, quando acumulou valorização de 5,5%. Na quinta-feira, a cotação chegou a R$ 109,88 na máxima, maior patamar intradia.

Em paralelo, o noticiário corporativo brasileiro desencadeou oscilações expressivas na bolsa paulista, com destaque para GPA, Cia Hering e Lojas Renner, entre outras. Menos sorte tiveram as novas, como Mater Dei e Allied, com estreias em baixa.

Na visão do estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o foco na semana ficou mais em questões corporativas, o que inclui o começo de nova temporada de balanços nos EUA.

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“O exterior puxa (essa recuperação), o Ibovespa acaba sendo beneficiado”, afirmou.

Os cenários macroeconômico e político no país, porém, continuam a minar o sentimento de agentes financeiros, o que evita uma retomada com mais fôlego das ações, embora no caso da pandemia de Covid-19 a percepção é de que se trata de um problema de execução, dado que a vacina já existe.

Pandemia

Além disso, acrescentou Cruz, apesar de os números da pandemia ainda não mostrarem uma melhora relevante e o ritmo de vacinação continuar lento, alguns Estados começaram a afrouxar restrições, reabrir comércio e outras atividades, o que acabou também por ajudar algumas empresas na bolsa.

Em entrevista à Reuters nessa semana, o responsável pela estratégia de renda variável na AZ Quest, Eduardo Carlier, afirmou que o maior problema do Brasil ainda é o quadro fiscal. “É esse componente que gera maior incerteza”, disse.

Nesta sexta-feira (16), o Ibovespa subiu 0,34%, a 121.113,93 pontos, com alta de 2,93% na semana, o que amplia o ganho em abril para 3,84% No ano, agora tem acréscimo de 1,76%.

(com Reuters)

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