Uma das maiores promessas do Vale do Silício dos últimos anos, a multimilionária Elizabeth Holmes, de 37 anos, foi considerada culpada de quatro acusações envolvendo episódios de fraude eletrônica. O julgamento aconteceu ontem (3), em um tribunal na Califórnia. Embora a sentença não tenha sido anunciada, a empresária pode pegar até 20 anos de prisão devido aos acontecimentos.
Ao todo, Elizabeth foi acusada de 11 crimes, sendo absolvida de quatro, todos relacionados a fraude pública. As outras três acusações não obtiveram unanimidade do júri, portanto não tiveram seus vereditos confirmados.
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Após fundar, aos 19 anos, a Theranos, companhia de tecnologia de saúde que queria revolucionar a indústria dos exames e diagnósticos, a norte-americana era chamada de “a nova Steve Jobs”, em referência ao seu sucesso precoce. De acordo com o processo, no entanto, a empresária teria mentido para os investidores sobre a real eficiência de suas máquinas na hora de obter resultados rápidos com apenas algumas gotas de sangue. A ineficiência dos dispositivos chegou a ser noticiada no “The Wall Street Journal”, causando um grande abalo na empresa.
Segundo os advogados de Elizabeth, ela não tinha a intenção de fraudar, mas “subestimou ingenuamente” os desafios que a própria companhia enfrentaria. Durante o julgamento, o tribunal ouviu quase 20 pessoas, entre pacientes e investidores que afirmaram terem sido enganados pelas promessas da Theranos.
Filha de uma família de classe alta de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, a jovem foi descrita por amigos e professores da Universidade de Stanford, onde cursou engenharia química, como “introvertida” e intransigente, segundo o portal britânico “BBC”.
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