Ibovespa recua com receios sobre disseminação da variante delta da Covid-19

Às 11:20, o Ibovespa caía 1,75%, a 123.761,75 pontos
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A bolsa paulista começava a semana com viés negativo, contaminada pela aversão a risco global hoje (19), em meio a preocupações com a disseminação da variante delta da Covid-19 em várias partes do mundo.

Às 11:20, o Ibovespa caía 1,75%, a 123.761,75 pontos. O volume financeiro somava 5,6 bilhões de reais.

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Na visão do economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa, investidores começam a questionar a consistência da retomada global, em meio a pressões inflacionárias e receios com a disseminação da variante delta da Covid em partes do mundo.

“Diante de uma agenda esvaziada para hoje, os ativos (brasileiros) ficarão à mercê do ambiente global, dominado por forte aversão ao risco”, acrescentou.

No radar doméstico, a temporada de balanços do segundo trimestre de empresas brasileiras começa nesta semana, com o calendário do Ibovespa sendo inaugurado no dia 23, com Hypera Pharma.

O período, na visão da XP Investimentos, foi marcado pela redução dos riscos fiscais, melhora dos dados de Covid-19 com queda da taxa de ocupação dos hospitais e do número de óbitos, a vacinação em andamento e dados econômicos acima do esperado.

“Porém, nos últimos dias de junho, os mercados foram surpreendidos pela divulgação da segunda fase da reforma tributária que trouxe uma série de alterações que preocuparam os investidores.”

Ainda assim, segundo a XP, a expectativa é de crescimento nos lucros das empresas do Ibovespa, em parte por causa da base de comparação, mas também melhora nas perspectivas econômicas e redução de riscos ao longo do segundo trimestre.

Destaques

– VALE ON perdia 2,3%, em meio ao declínio nos preços do minério de ferro na China, com CSN ON apresentando o pior desempenho no setor, em baixa de 3,9%.

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– AZUL PN e GOL PN recuavam 4,3% e 4,2%, respectivamente, em meio ao recrudescimento da pandemia em alguns países e suas potenciais implicações no segmento de viagens.

– PETROBRAS PN caía 2,4%, na esteira do forte declínio do petróleo no exterior após a Opep+ fechar acordo para um aumento de produção, em momento em que o número de casos de Covid-19 aumenta em diversos países.

– BTG PACTUAL PN cedia 1,6%, acompanhado de perto por BANCO INTER UNIT, que perdia 1,45%, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,5% e BRADESCO PN registrava declínio de 1%.

– MARFRIG ON subia 1,3%, em sessão mais positiva para o segmento de proteínas, tendo de pano de fundo a alta do dólar ante o real. JBS ON avançava 1%, enquanto MINERVA ON desvalorizava-se apenas 0,1%.

(Com Reuters)

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