Ibovespa sobe com reforma tributária e Wall Street no foco

A reação positiva ofuscava a divulgação do IBC-Br, que surpreendeu e mostrou que a economia brasileira voltou a contrair em maio
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O Ibovespa engatava o terceiro pregão consecutivo de alta hoje (14), aproximando-se dos 130 mil pontos no melhor momento, ainda sob efeito da repercussão positiva de mudanças sugeridas na segunda fase da reforma tributária.

Wall Street avalizava o movimento, após o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, alimentar esperanças de que o banco central dos Estados Unidos vai manter sua política monetária expansionista.

OLHA SÓ:

Às 11h50, o Ibovespa subia 0,59%, a 128.919,14 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 129.619,81 pontos. O volume financeiro somava R$ 10,6 bilhões.

Na véspera, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA) apresentou seu parecer sobre a proposta da nova etapa da reforma tributária, com mudanças como a eliminação da tributação dos rendimentos dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e retirada da obrigatoriedade da opção pelo lucro real para algumas empresas.

Também acentuou o corte do IRPJ das empresas, embora tenha mantido a taxação sobre lucros e dividendos em 20% e o fim da dedutibilidade de juros sobre capital próprio.

As mudanças, segundo a equipe da Guide Investimentos, são positivas. O tema segue no foco dos investidores.

A reação positiva ofuscava a divulgação do IBC-Br, que surpreendeu e mostrou que a economia brasileira voltou a contrair em maio.

Em meio ao ambiente político ainda tenso, investidores também monitoravam a internação do presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas (HFA) para realizar exames para investigar a causa de soluços que o acometem.

Destaques

  • BANCO INTER UNIT subia 3,7%, renovando máxima intradia, a R$ 80,56, com o setor como um todo no azul. ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN avançavam 1% e 0,75%, respectivamente, tendo de pano de fundo a divulgação de balanços de bancos nos Estados Unidos.

E AINDA:

  • UNIDAS ON e LOCALIZA ON valorizavam-se 3% e 2,45%, respectivamente, em meio a expectativas ligadas ao desfecho da fusão entre elas, que está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
  • COSAN ON avançava 1,5%, após joint venture dela com a Shell, a Raízen, definir faixa estimativa de R$ 7,40 a R$ 9,60 por ação em IPO que busca levantar R$ 6,9 bilhões. A fixação do preço está prevista para 3 de agosto.
  • PETROBRAS PN tinha acréscimo de apenas 0,1%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo vai reduzir em quatro centavos o valor do PIS-Cofins cobrado sobre o litro do diesel.
  • VALE ON cedia 0,2%, mesmo com alta dos preços dos futuros minério de ferro na China, em sessão sem sinal único para ações de mineração e siderurgia. GERDAU PN e USIMINAS PNA tinham alta de 0,6% cada, mas CSN ON caía 1%.
  • NATURA&CO ON recuava 2,7%, em nova sessão negativa, após renovar máximas históricas na segunda-feira, quando chegou a 61,29 reais no melhor momento do pregão. No mês, a ação ainda acumula valorização de mais de 4%, enquanto o Ibovespa sobe ao redor de 1,5%.
  • SMARTFIT ON disparava 25,35%, a R$ 28,83, em estreia na B3, após a rede de academias de ginástica precificar IPO na segunda-feira a R$ 23, praticamente no centro da faixa estimada de R$ 20 a R$ 25, levantando R$ 2,3 bilhões. Na máxima até o momento, o papel chegou a R$ 29,88.
  • AREZZO ON, que não está no Ibovespa, avançava 2,3%, após anunciar aquisição da My Shoes e acordo com o Mercado Livre para vender produtos da nova marca na plataforma. No melhor momento, o papel chegou a R$ 101, recorde intradia.

(com Reuters)

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