O Ibovespa fechou em alta hoje (25), na máxima da sessão e próximo aos 121 mil pontos, favorecido pelo cenário externo, com novas máximas em Wall St, embora persista o desconforto com a situação político-fiscal no país.
Índice de referência da bolsa brasileiro, o Ibovespa subiu 0,5%, a 120.817,71 pontos, revertendo a fraqueza de parte da sessão, chegando a cair a 119.225,93 pontos.
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O volume financeiro no pregão somou R$ 24,8 bilhões.
Em Nova York, o S&P 500 avançou 0,2%, para uma nova máxima histórica, assim como o Nasdaq, que subiu 0,15%, sem notícias para minar o sentimento positivo no mercado.
A atenção no exterior está voltada ao simpósio do Federal Reserve, em Jackson Hole, principalmente a fala do chair do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, que pode trazer sinais sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.
No Brasil, na visão do diretor da plataforma de análises Ohmresearch, Roberto Attuch, sinalizações de que o Congresso Nacional será responsável fiscalmente ajudaram a estabilizar a bolsa, embora o país viva um momento difícil.
O estresse político-institucional e as discussões sobre um aumento do Bolsa Família e a questão dos precatórios, segundo ele, tendo no horizonte a eleição presidencial em 2022, têm minado as perspectivas fiscais e prejudicado o mercado doméstico.
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Apesar do bom momento no exterior, com índices renovando máximas, “a bolsa brasileira está sofrendo em função de fatores domésticos, basicamente o político contaminando a questão fiscal”, afirmou.
A pauta macro do dia teve forte crescimento na arrecadação federal no mês passado, mas aceleração da prévia da inflação oficial em agosto e aumento da dívida pública federal em julho.
Do ponto de vista gráfico, o Itaú BBA afirmou que o Ibovespa segue em recuperação, com resistências em 121.300 e 123.600 pontos. “Importante acompanhar se a evolução desse movimento conseguirá tirar o índice da tendência de baixa de curto prazo.”
(Com Reuters)
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