Ações da Vale caem após relatório de produção do 3º trimestre de 2021

Investidores se decepcionam com resultados da mineradora e seguem preocupados com cenário econômico
Foto Luciene avatar v1

As ações da Vale começaram o pregão desta quarta-feira (20) entre as principais baixas do Ibovespa horas depois da divulgação do relatório de produção da mineradora no terceiro trimestre de 2021.

Uma hora após o início dos negócios, as ações ordinárias VALE3 perdiam 3% a R$ 76,63.

O relatório serve ao mercado como uma prévia do balanço da mineradora no período com divulgação prevista para 29 de outubro.

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Segundo o documento, a Vale teve uma alta anual de 0,8% na produção de minério de ferro no terceiro trimestre com total de 89.4 milhões de toneladas. Na comparação com o segundo trimestre do ano, o aumento foi de 18.1% na produção da commodity.

A produção de pelotas somou 8,3 milhões de toneladas no terceiro trimestre com uma queda de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em relação ao níquel, a mineradora produziu menos 21,8% na base anual totalizando 30.200 toneladas. O resultado foi atribuído ao incêndio e interrupção operacional por 70 dias na mina de Sudbury, no Canadá, além da paralisação na mina de Onça Puma, no Pará.

No período, a Vale também teve queda na produção anual de cobre em 21% com 69.200 toneladas também por causa da paralisação das atividades em Sudbury.

Em outro informe ao mercado, a Vale divulgou estimativa de produção para o quarto trimestre de 2021. A mineradora espera produzir entre 75 mil e 80 mil toneladas de cobre, encerrando o ano com um total entre 295 mil e 300 mil toneladas da matéria-prima.

Na projeção para o níquel, a Vale espera uma produção entre 45 mil e 50 mil toneladas no 4T21 com um total no ano entre 165 mil e 170 mil toneladas.  

De acordo com a economista Cristiane Mancini, a queda nas ações da Vale tem relação com os números do relatório. Mas uma outra preocupação dos investidores é que existem estoques de commodities em trânsito (inclusive de pelotas), ainda sem contratos de venda. “O cenário econômico e a divulgação de menos produtos ofertados no mundo neste fim do ano serão decisivos por conta da baixa demanda atual”, explica.

Luciene Miranda é repórter especial na Elas Que Lucrem

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