Meia hora antes da bolsa brasileira encerrar negócios, o governo cancelou o anúncio do substituto do Bolsa Família, o programa social Auxílio Brasil.
Não foi suficiente para uma recuperação. Desde o início dos negócios, o Ibovespa amargou perdas expressivas, mesmo com notícias corporativas positivas para os negócios ou o bom humor nas bolsas norte-americanas.
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O Ibovespa fechou com perda de 3,28% aos 110.673 pontos.
Poucas ações resistiram em alta pela manhã e acabaram sucumbindo ao pessimismo dos investidores no período da tarde. Nenhuma ação do Ibovespa encerrou em alta.
Na lista das principais perdas do Ibovespa, Azul (AZUL4) com queda de 10,36% a R$ 30,80, Cielo (CIEL3) com desvalorização de 9,20% a R$ 2,37, Méliuz (CASH3) com recuo de 8,47% a R$ 4,43, Gol (GOLL4) com menos 7,39% a R$ 18,80 e Cyrela (CYRE3) com baixa de 7,19% a R$ 16,90.
O dólar disparou alta em relação ao real. O leilão de venda de dólares à vista realizado pelo Banco Central durante a manhã não foi suficiente para conter a corrida dos investidores por este ativo considerado seguro. Hoje pode sim ser considerado um dia de “aversão ao risco”.
A ranço nos negócios veio com a insatisfação nos mercados diante do desrespeito ao teto de gastos pelo governo para bancar o novo projeto social que poderá ser estendido até o final de 2022, ano eleitoral no Brasil.
O programa social poderá substituir o Bolsa Família com o pagamento mensal de R$ 400,00 para 17 milhões de famílias. Deste valor, R$ 300,00 seriam pagos dentro do teto de gastos do governo e o complemento de R$ 100,00 fora do teto numa operação que pode exigir uma mudança na Constituição.
O caminho mais provável para a aprovação será uma brecha na PEC dos Precatórios que tinha votação prevista para hoje na Câmara dos Deputados.
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