A mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 3,886 bilhões no terceiro trimestre, alta de 33,6% versus o mesmo período do ano passado, mas um recuo de 48,8% na comparação com o trimestre anterior, em meio a uma retração dos preços do minério de ferro, seu principal produto.
O resultado trimestral da empresa, publicado ao mercado ontem (28), também foi impactado por uma baixa contábil do negócio de carvão, de quase US$ 2 bilhões.
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O lucro líquido ficou abaixo de estimativa da Refinitiv, que previa US$ 6,15 bilhões no período.
O preço médio de finos de minério de ferro realizado da companhia entre julho e setembro foi de US$ 126,7 por tonelada, contra US$ 112,1 um ano antes e US$ 182,8 no trimestre anterior.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado, por sua vez, somou US$ 6,938 bilhões entre julho e setembro, alta de 13,8% na comparação anual e queda de 37% na comparação com o segundo trimestre.
Além dos impactos nas receitas do negócio de minerais ferrosos, devido aos menores preços, a Vale também sentiu efeitos da paralisação dos funcionários em Sudbury, no Canadá.
No relatório, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, ressaltou que a produção de minério de ferro da empresa foi próxima a 90 milhões de toneladas no trimestre, “com um progresso significativo na retomada operacional do Complexo de Vargem Grande”.
Diante dos preços mais baixos, o executivo ressaltou que a empresa manterá a estratégia de priorizar valor sobre volume e otimização de custos, para criar e compartilhar valor com seus acionistas.
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“Continuamos a trabalhar para melhorar a confiabilidade operacional, especialmente no negócio de Metais Básicos. Nossa geração de caixa continua robusta, superando o último trimestre em 18%, um ritmo que permitiu o pagamento de dividendos históricos em 2021”, frisou.
A empresa aprovou ainda nesta quinta-feira um novo programa de recompra de ações, “o que demonstra nossa confiança no potencial da Vale”, afirmou Bartolomeo.
Os investimentos do terceiro trimestre somaram US$ 1,248 bilhão, US$ 109 milhões maior que no segundo trimestre, explicado pelo crescimento, conforme planejado, dos investimentos nos projetos de Salobo III e Serra Sul, maiores investimentos de manutenção para aumentar o fator de segurança do projeto da barragem de Torto e maiores gastos no negócio de carvão.
A empresa concluiu o trimestre com dívida bruta e arrendamentos em US$ 13,585 bilhões, um pouco menor que no segundo trimestre.
(Com Reuters)
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