Os índices futuros nos Estados Unidos, que operam antes da abertura das bolsas naquele país, seguem em baixa. Eles acompanham as quedas também dos índices das bolsas asiáticas e, por enquanto, dos índices europeus.
Os investidores estão temerosos com o início do Tapering pelo Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano. O Tapering é o fim gradual dos incentivos do FED para recuperar a economia dos efeitos da pandemia de Covid-19. Isso deve começar em novembro devido aos sinais de melhora por lá.
Esta semana, o feriado na China até quinta-feira (7) deve dar um alívio das tensões com a Evergrande e seus calotes. Mas, na sexta-feira (8), tem indicadores fortes que podem trazer oscilação para a bolsa e o dólar. Dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos, o Payroll, e, aqui no Brasil, a inflação oficial o IPCA.
Hoje, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) se reúne para discutir o nível da produção do mercado de petróleo. Dependendo do que for definido entre os países, as ações da Petrobras podem ser afetadas.
Por aqui, a tensão do dia será com as notícias de empresas offshore, ou seja, em paraísos fiscais, do Ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Na última sexta-feira (1), as bolsas norte-americanas fecharam em alta após a reação do mercado com as notícias sobre um novo tratamento oral contra a Covid-19. Como resultado, o S&P500 fechou aos 4.357 pontos, representando uma alta de 1,15%.
As empresas Ridgeback Biotherapeutics e Merck anunciaram seu tratamento contra Covid-19 via oral. Segundo a empresa, o medicamento reduziu o risco de hospitalização ou morte em 50% para pacientes com gravidade leve e moderada. Dessa forma, as ações da Merck fecharam com uma alta de 9%.
No Brasil, o mercado também fechou em alta após o otimismo nos Estados Unidos. Como resultado, o Ibovespa encerrou aos 112.899 pontos, uma alta de 1,73%.
Além disso, em relação aos dados sobre a vacinação, nesta sexta a população vacinada com a segunda dose, ou com a dose única, atingiu a marca de 93,5 milhões de pessoas. O dado é equivalente à 43,86% da população brasileira.
Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos certificada;
Luciene Miranda é repórter especial da Elas Que Lucrem.
