Mercados globais assimilam a decisão de ontem de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, além da situação ainda mais tensa no conflito entre Rússia e Ucrânia.
As bolsas asiáticas fecharam com alta ainda sob efeito da expectativa de que o governo chinês alivie a regulação sobre as grandes companhias de tecnologia do país que operam ativos em outros mercados. O índice Hang Seng, de Hong Kong, disparou 7,04% puxado por ações destas empresas. Alibaba disparou 12,46%.
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Na Europa, os índices seguem em direções opostas e, nos Estados Unidos, o pré-mercado segue com baixa moderada.
A preocupação de investidores é com a escalada da violência na guerra da Ucrânia, onde um teatro na cidade de Mariupol foi bombardeado por tropas russas, matando centenas de ucranianos que estavam refugiados no local.
A cotação do petróleo voltou a disparar, com o barril do Brent a US$ 102,75 e alta perto de 5%.
A reação da commodity vem com uma projeção do IEA, sigla em inglês para Agência Internacional de Energia, que estimou a partir de abril uma redução em 3 milhões de barris de petróleo e produtos refinados russos por dia, acima das expectativas do mercado que eram de queda em 1 milhão de barris.
Ontem durante a tarde, o Federal Reserve – banco central norte-americano – anunciou a decisão de política monetária para os Estados Unidos, com aumento da taxa básica lá em 0,25 ponto percentual.
À noite, duas horas depois do fechamento da B3, o Banco Central brasileiro anunciou a alta na taxa básica de juros – Taxa Selic – em 1 ponto percentual, de 10,75% para 11,75% ao ano.
No comunicado, o Copom – Comitê de Política Monetária do BC – afirmou que a próxima reunião deve manter o mesmo nível de alta da taxa.
Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem
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