A declaração do imposto de renda é um tema que costuma assustar os brasileiros, já que alguns erros podem levar à malha fina, ou seja, a retenção da liberação até que equívocos e falta de informações sejam esclarecidos. Muita gente tem, ainda, medo de ter que pagar por operações e entradas de dinheiro informadas de maneira incorreta.
“Quem cai na malha fina pode pagar multa e outros valores acima do que seria necessário para cumprir a obrigação fiscal junto à Receita Federal. Portanto, para quem tem dificuldade em fazer a declaração, o ideal é procurar a ajuda de um profissional, como o contador, aumentando as chances de cumprir com todos os prazos e levantamentos de documentação necessários para a declaração do IR”, afirma o Dr. Evandro Teixeira, responsável jurídico da Eucontabilizo Web, empresa especializada em serviços de contabilidade online.
A Receita Federal está cada vez mais atenta às declarações e possíveis omissões de dados, o que tem contribuído para que esbarre, com maior frequência, nos contribuintes mais desatentos. De acordo com a entidade, 869 mil declarações foram retidas em 2021, número que corresponde a 2,4% do total enviado. O principal motivo dessa retenção foi a omissão de rendimentos (41,5%), seguida pela falta de comprovação de dedução (30,9%).
Hoje (5), foi publicada no “Diário Oficial da União” a nova data para entrega da declaração 2021, adiada para 31 de maio de 2022. Todos aqueles que receberam rendimentos acima de R$ 28.559,70 ao longo do ano passado devem entregar o documento.
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Para facilitar a vida de quem ainda não fez a declaração – e evitar possíveis equívocos – a Elas Que Lucrem listou os erros mais cometidos pelos contribuintes. Veja, a seguir, quais são eles:
- Não informar a fonte pagadora;
- Errar a digitação de números;
- Não Declarar o rendimento de imóveis alugados;
- Declarar o rendimento na categoria errada;
- Omitir rendimento dos dependentes;
- Diferença entre dependente e alimentado; (para aqueles que declaram a pensão alimentícia, devem colocar como alimentado e não dependente);
- Dedução errada de despesas médicas;
- Não declarar custo de ações;
- Confundir PGBL com VGBL;
- Gastos com educação não correspondentes.
É importante lembrar que a Receita Federal cruza os dados enviados pelos declarantes, ou seja, se você declarar que gastou R$ 10.000 em uma consulta médica e o seu médico declarar que recebeu R$ 1.000, você cairá na malha fina, por um erro de digitação.
A dedução de gastos também é um ponto muito importante do imposto de renda – ela pode ser feita quando o modelo escolhido é o da declaração completa. Fique atento aos gastos que podem ser deduzidos para garantir maior restituição ou desconto. Veja, a seguir, alguns deles:
- Gastos com consultas em consultórios médicos particulares e hospitais (inclusive os remédios incluídos na conta hospitalar);
- Cirurgias plásticas (reparadoras ou não, desde que tenham a finalidade de prevenir, manter ou recuperar a saúde física ou mental do paciente);
- Tratamentos odontológicos e próteses dentárias;
- Fisioterapia e aparelhos ortopédicos;
- Exames laboratoriais;
- Serviços radiológicos;
- Planos de saúde;
- Previdência privada;
- Despesas com educação (ensino técnico, fundamental, médio, superior, pós-graduação, mestrado e doutorado);
- Despesas médicas realizadas no exterior.
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