A Cielo teve aumento do lucro no primeiro trimestre, uma vez que uma forte política de controle sobre as despesas e maiores receitas com antecipação de recebíveis compensaram a piora na linha financeira.
A maior empresa de meios de pagamentos eletrônicos do país anunciou hoje (3) que seu lucro líquido recorrente de janeiro a março somou R$ 184,6 milhões, alta de 35,9% sobre um ano antes.
Segundo a Cielo, também em bases recorrentes, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado registrou expansão de 52,1%, para R$ 711,5 milhões.
De acordo com o relatório de resultados, a receita liquida do período alcançou R$ 2,76 bilhões, alta de 1,5%. Mas excluindo a venda da Multidisplay, em novembro, o crescimento foi de 15,2%.
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Um dos destaques do período foi a antecipação de recebíveis, que somou 26 bilhões de reais, crescimento de 31% sobre um ano antes, com mais lojistas pedindo para receber recursos de vendas, em um cenário de juros e inflação alta.
Além disso, o volume financeiro processado pelos terminais da Cielo em pagamentos com cartões de débito e de crédito subiu 23,9% ano a ano, para R$ 198,35 bilhões.
Na outra ponta, os gastos totais apresentaram queda de 3,4% ano a ano. Excluídos efeitos não recorrentes, a queda teria sido de 8,9%, afirmou a Cielo.
A empresa teve nova rodada de queda na base de terminais instaladas. Considerando estabelecimentos comerciais que realizaram ao menos uma transação com nos últimos 90 dias, a base ativa total encerrou o trimestre 17,4% menor em 12 meses, após a empresa suspender subsídios para pequenos negócios.
O resultado financeiro da Cielo no trimestre ficou negativo em US$ 93,4 milhões, ante montante positivo de US$ 51 milhões um ano antes, refletindo o efeito da alta de juros sobre a dívida da companhia.
A Cielo concluiu em abril a venda de sua unidade nos EUA, MerchantE Solutions, por US$ 137 milhões.
(Com Reuters)
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