Em todos os seus 105 anos de história, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) – que divulga e fomenta a produção científica no Brasil desde 1916 – teve 21 presidentes. Todos homens. Mas, com a última eleição para o cargo, no último dia 29 de março, essa realidade mudou. Helena Nader, biomédica e doutora em ciências biológicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tornou-se a primeira mulher presidente da ABC.
A eleição ocorreu durante a Assembleia-Geral da instituição. Já que o voto não é obrigatório, 420 dos 568 membros habilitados para votar exerceram esse direito. Helena será empossada durante a Reunião Magna da ABC, entre os dias 3 e 5 de maio de 2022, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e assume o cargo para o triênio 2022-2025. Com a posse da biomédica, o químico Jailson Bittencourt de Andrade ocupará a vice-presidência.
Helena possui pesquisas que abrangem gliceroquímica e glicobiologia, com ênfase na estrutura e função biológica dos proteoglicanos heparina e heparam sulfato. Entre 2011 e 2017, foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde atualmente é presidente de honra. Foi também presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), entre 2009 e 2010, e é copresidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas). Agora, a biomédica deixa a vice-presidência da ABC, que ocupa desde 2019, para assumir a cadeira do físico Luiz Davidovich.
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