O prêmio Nobel da Paz divulgado hoje (08) foi entregue à jornalista Maria Ressa. A filipina de 53 anos é cofundadora da “Rappler”, um portal de notícias sobre as Filipinas e o mundo que se tornou importante no meio da reportagem investigativa no país. Além de cobrir a violenta campanha contra as drogas promovida pelo governo das Filipinas, o site desmente publicações falsas que circulam nas redes sociais.
A jornalista sofre uma campanha de perseguição do governo filipino por usar a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o autoritarismo e a violência no país.
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Maria já foi processada e recebe ataques de aliados do governo de Rodrigo Duterte. Em agosto deste ano, um tribunal das Filipinas desconsiderou um processo por difamação contra a jornalista.
A filipina compartilhou o prêmio com o também jornalista Dmitry Muratov. Em entrevista coletiva, a chefe do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, disse que os jornalistas receberam o prêmio “pela corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia. O jornalismo livre, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra”.
“Estou sem palavras, muito obrigada”, disse Maria quando recebeu o telefonema da secretaria do comitê que concede o prêmio.
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