Em 2020, a venda global de produtos de bem-estar sexual cresceu 4% e movimentou mais de US$ 78 bilhões, de acordo com uma pesquisa da Allied Market Research. Mais do que um pico de popularização passageiro, o setor tende a crescer ainda mais nos próximos anos. Segundo a consultoria KBV Research, esse mercado deve chegar a US$ 125 bilhões em 2026. Foi observando esse cenário promissor que o Magalu decidiu lançar uma categoria de bem-estar sexual em seu marketplace, que oferece produtos que vão desde óleos íntimos até vibradores.
“O isolamento social potencializou a busca por esse tipo de produto e acelerou a necessidade de digitalização desse varejo”, afirma Mariana Castriota, gerente de marketplace do Magalu. “Mesmo sendo um assunto ainda tabu, muitas mulheres têm se interessado mais pelo tema, usando esses itens não apenas para o erotismo, mas pensando também em saúde.”
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Uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Conecta em 2017 mostrou que 20% das brasileiras não sabem o que é ressecamento vaginal. Além disso, apenas 24% das mulheres que relataram sofrer de ressecamento íntimo procuraram atendimento ginecológico e 40% delas consideravam “normal sentir-se ressecada”. A criação de uma categoria para bem-estar sexual é muito mais do que erotismo, entrando na esfera da saúde.
Outra pesquisa, desta vez realizada pelo Projeto de Sexualidade da USP (ProSex), revelou que cerca de 50% das brasileiras têm dificuldade para atingir o orgasmo na relação sexual, e atribuem isso à vergonha e falta de conhecimento do próprio corpo.
Por conta disso, além da oferta de marcas consolidadas no mercado, como Pantynova, Fun Factory, Nuasis, Lilit e Dona Coelha, a companhia colocou um time de especialistas para o atendimento aos clientes no pós-venda. A intenção é que os consumidores possam tirar dúvidas sobre os produtos e esclarecer as políticas de compra, envio e devolução. Com esse contato mais direto, a empresa acredita que conseguirá ajudar a esclarecer dúvidas e, consequentemente, ampliar o conhecimento das mulheres sobre a sexualidade.
As compras dos produtos, que já podem ser realizadas tanto no aplicativo quanto no site da varejista, empolgam a executiva. “O aspecto da saúde física e mental costuma ficar escondido por trás de abordagens eróticas, o que contribui para manter como tabu um assunto que deveria ser tratado de maneira natural. Afinal, o sexo é a base para a nossa existência”, conclui.
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