“A inteligência emocional veio para tornar a vida mais leve e para aprimorar as relações das pessoas.” A frase é da especialista em desenvolvimento humano e membro da Sociedade Brasileira de Coach Samantha Alvarenga, que explica que o conceito, vindo da psicologia, permite compreender as próprias emoções e as emoções dos outros. “É entender os nossos gatilhos e aprender a lidar com as situações que nos desafiam”, diz.
O próprio autor por trás do conceito, Daniel Goleman, explica a IE da seguinte forma: “É a capacidade de identificar os nossos sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.
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De forma objetiva, a IE atua nas respostas aos desafios do dia a dia. “Uma pessoa que não tem inteligência emocional e é fechada no trânsito, por exemplo, acaba não levando desaforo para casa. Já uma pessoa que desenvolveu a inteligência emocional tende a parar, pensar e escolher que decisão tomar. Uma pessoa inteligente emocionalmente sempre vai ter escolha”, explica Samantha.
Por isso, desenvolver a inteligência emocional acabou se tornando um diferencial importante em todos os campos da vida, pessoais e profissionais. Segundo pesquisa do PageGroup, companhia especializada em recrutamento, a IE é justamente uma das habilidades comportamentais mais valorizadas pelos líderes de grandes empresas da América Latina.
E, como disse Samantha, essa habilidade faz parte do processo de autoconhecimento e é essencial para uma vida mais equilibrada. “Uma pessoa que não tem inteligência emocional sofre muito, se vitimiza, não encontra soluções para os seus problemas e não enxerga as situações como elas são”, explica a especialista.
A partir do momento que a IE é desenvolvida, passamos a compreender o cenário no qual estamos inseridos e as habilidades que precisam ser incrementadas, melhorando as relações e encurtando o caminho para o alcance dos nossos objetivos.
Dada a importância que a inteligência emocional vem ganhando nos últimos anos, listamos, a seguir, cinco maneiras para aprimorar a habilidade:
- Não reprima os sentimentos
Samantha aponta que, desde pequenos, aprendemos que inveja, raiva e ciúmes são emoções ruins. Porém, a especialista explica que é importante entender esses sentimentos como normais. “Essas emoções fazem parte do dia a dia de todo ser humano”, ressalta.
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Mas, se esses sentimentos são cotidianos a ponto de interferir de forma negativa na vida das pessoas, é importante poder contar com a inteligência emocional para não reprimi-los. Para começar a desenvolver a IE nesse sentido, a ideia é compreender os gatilhos por trás de cada uma dessas emoções. “Fazer essa reflexão é o primeiro passo”, ensina Samantha.
Um sentimento que ela sempre ouve nas mentorias que oferece é o medo. “Não existe ‘não ter medo’, afinal ele é essencial para a nossa sobrevivência. Mas, mais uma vez, é importante entender os gatilhos por trás dessa emoção e criar estratégias para driblar esse bloqueio que o medo pode causar e que pode, muitas vezes, ser fruto de situações imaginárias”, explica a especialista.
- Não leve para o lado pessoal
Um fator importante, senão essencial, da IE é a empatia, que, de forma simples, é compreender emocionalmente o outro. Samantha aponta a importância de se lembrar constantemente de que nem tudo que vem de outra pessoa é sobre você, e sim sobre a visão de mundo em que ele ou ela está inserido.
“É importante entender que a outra pessoa também está inserida em um contexto. Se uma pessoa faz alguma coisa ou emite certa opinião, ela está falando sobre a visão de mundo dela. Lembrar disso traz muito mais leveza para o dia a dia”, conta a especialista.
- Investigue seus valores
Como parte do processo do autoconhecimento, para desenvolver a inteligência emocional é também necessário entender seus valores. “Compreender a sua visão de mundo, suas crenças e até relembrar o que você ouviu e vivenciou quando era criança é muito importante, uma vez que essa bagagem tem influência em quem você é hoje”, explica. “Quando uma pessoa tem esse tipo de conhecimento, fica muito mais fácil lidar com os sentimentos.”
- Entenda que você sempre tem escolha
Como já explicado por Samantha, uma pessoa com inteligência emocional sempre possui escolhas diante dos desafios. Para ela, entender que é possível parar e analisar a situação é essencial. “A IE aparece principalmente em momentos decisivos, quando pensamos no que podemos fazer a partir do que sentimos.”
Para ela, sair de um ambiente conflituoso quando nos sentimos desequilibrados emocionalmente é essencial para que a situação se resolva de forma mais pacífica. Fazer essa escolha é um sinal de que sua inteligência emocional está se desenvolvendo.
- Trabalhe todas as áreas da vida
Para Samantha, é importante ter um momento dedicado a cada área da vida todos os dias. “Para mim, as mais importantes são carreira, finanças, relacionamentos, saúde e espiritualidade. Cada pessoa é uma, mas exerce vários papéis socialmente, então é importante estar sempre conectado a todas as áreas diariamante”, relata.
A especialista ainda vai um pouco além quando o assunto é finanças. “Para desenvolver uma inteligência emocional nesse sentido, é necessário trabalhar a mentalidade em relação ao dinheiro. Pensar qual era sua visão de mundo sobre dinheiro quando criança, se há algum bloqueio em relação a isso, se você se sente merecedora de ganhar dinheiro ou não… Todas essas reflexões nos ajudam a entender nossa mentalidade sobre as finanças”, finaliza.
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