O bitcoin e o ether registraram hoje (19) a maior queda em um dia desde março do ano passado, com a perda no valor de mercado das criptomoedas se aproximando de US$ 1 trilhão.
O tombo ocorreu depois que a China proibiu as instituições financeiras e de pagamento de fornecer serviços de criptomoeda.
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No pior momento, o bitcoin foi negociado a US$ 30.066, o valor mais baixo desde o final de janeiro.
Por volta de 12h25 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 37.116, em queda de 13,44%. A criptomoeda registrou a maior perda em um dia desde março de 2020.
O ether chegou a US$ 1.850 na mínima da sessão, menor patamar desde o final de janeiro, mas desacelerou as perdas e recuava 21,69%, para US$ 2.647.
As quedas da criptomoeda na semana passada foram provocadas pela reversão na decisão de Musk sobre a Tesla aceitar bitcoin como pagamento. Seus tuítes seguintes causaram mais confusão sobre se a montadora havia desfeito suas posições na moeda.
O declínio foi acentuado pelo anúncio da China na terça-feira proibindo instituições financeiras e empresas de pagamento de fornecer serviços relacionados a transações com criptomoedas. A China também alertou investidores contra a negociação especulativa com criptomoedas.
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“Os mercados de criptografia estão atualmente processando uma cascata de notícias que alimentam o cenário ‘bear’ (de baixa) para o desenvolvimento de preços”, disse Ulrik Lykke, diretor executivo do fundo de hedge de criptografia ARK36.
“Notícias como esta podem obter muita força e facilmente mexer com o sentimento do mercado, mas muitas vezes se mostram de pouca importância no longo prazo. Os mercados de criptomoedas são extremamente motivados pelas emoções e seus participantes tendem a reagir de forma exagerada a eventos que consideram negativos.”
No entanto, alguns ‘cryptowatchers’ previram mais perdas à frente, observando que a queda abaixo de US$ 40.000 representou a quebra de uma barreira técnica chave que poderia definir o terreno para mais vendas no curto prazo, pelo menos.
Mais importante, investidores podem estar migrando do bitcoin de volta para o ouro, disseram analistas do JPMorgan, citando dados de posicionamento compilados com base na participação em aberto nos contratos futuros de bitcoin da CME.
Isso mostra “a liquidação mais acentuada e sustentada” nos futuros do bitcoin desde outubro do ano passado, disseram a clientes, acrescentando: “o quadro do fluxo do bitcoin continua a se deteriorar e aponta para uma retração contínua por parte de investidores institucionais”.
(com Reuters)