Os noticiários econômicos acompanham diariamente o mercado do petróleo, isso porque ele é uma commodity, uma matéria prima. Neste caso, o petróleo pode ser transformado em diversos derivados que permitem a produção de uma enorme variedade de produtos presentes no cotidiano. Sua principal função é servir como combustível.
Assim, ele também se tornou necessário para possibilitar a transformação industrial de outros setores, pois agiliza e maximiza a escala da produção. Portanto, essa commodity está intimamente ligada ao desenvolvimento do mundo moderno e, até hoje, está presente em diversos produtos e hábitos do cotidiano. Em 2015, o petróleo movimentou mais de US$ 1,7 trilhão na economia global.
OLHA SÓ: Entenda o que já se sabe sobre a Covid longa e quais os principais sintomas
1. Energia
A partir do século 18, aconteceu a Revolução Industrial, na qual foram inventados maquinários para maximizar a produção, seja nas cidades ou no campo. Com a invenção de motores movidos a gasolina e diesel, o petróleo começou a ganhar importância. Com o avanço do desenvolvimento de pesquisas na área química com foco neste produto, seus derivados energéticos possibilitaram uma gama de novas tecnologias e invenções que influenciam nossos hábitos até hoje.
Alguns exemplos das aplicações energéticas dos derivados do petróleo são o gás liquefeito de petróleo (GLP), a gasolina, diesel, óleos combustíveis e querosenes. O GLP é muito utilizado nas áreas residenciais para cozinhar e aquecer água, mas também tem aplicações na indústria. A gasolina e o diesel são os principais combustíveis em veículos rodoviários, ferroviários, marítimos e até aviões de pequeno porte. Os óleos são usados na geração de energia térmica e os querosenes para lamparinas e combustíveis de avião.
2. Derivados de petróleo
Além dos combustíveis, os derivados do petróleo passaram a ser base para a produção de diversos materiais usados no cotidiano por bilhões de pessoas. Os polímeros plásticos, que são utilizados em embalagens e até peças de drones, por exemplo, são extraídos do Nafta, um derivado do petróleo. Desse derivado também tem origem os elastômeros, usados para produzir pneus e outras borrachas.
Além disso, do processo de destilação do petróleo também são extraídos a amônia, presente em fertilizantes agrícolas; as parafinas e óleos minerais usados em cosméticos; os solventes que dão origem às tintas e colas; e o asfalto, importante para a pavimentação de vias e com aplicações impermeabilizantes e em baterias.
3. Recurso Estratégico
O petróleo se origina pela combinação entre moléculas de carbono e hidrogênio decorrentes da decomposição de seres aquáticos em condições de pouca oxigenação, ação de bactérias e grande pressão da crosta terrestre. Por isso, ele é encontrado em grandes profundidades no solo terrestre ou marinho. Demora milhões de anos para se formar, o que faz dele um recurso limitado. Além disso ,há locais com grandes reservas de petróleo e locais com menos. Assim, os países que não possuem reservas suficientes de petróleo se tornam dependentes da comercialização da commodity.
Apesar de ser comercializado pela lei de oferta e demanda, na qual os preços variam de acordo com a necessidade dos compradores e disponibilidade do recurso, os países com grandes reservas usam o petróleo para gerar influência geopolítica. Por exemplo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é a união das nações que mais produzem petróleo no mundo e atuam conjuntamente para interferir no preço mundial do barril. É formada por Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
O Brasil possui grandes reservas, principalmente no mar dos estados do sudeste, mas há também extração de petróleo em terras na Bahia em menores quantidades. No entanto, nosso país não produz todo o petróleo que consome, o que faz com que sejamos dependentes de outras nações para a nossa produção industrial que use essa commodity.
Fique por dentro de todas as novidades da EQL
