Os juros bancários funcionam como se fossem um aluguel do dinheiro emprestado. Ao pedir um empréstimo em um banco, as taxas de juros são aplicadas no valor e o total a ser devolvido ao banco é maior. Isso porque é preciso pagar também pela própria operação do empréstimo, que envolve tributos, seguros, custo de captação do dinheiro e o risco de inadimplência, ou seja, as possibilidades de calote.
Esses fatores compõem as taxas de juros cobrados, sejam no cheque especial, empréstimos de dinheiro ou crédito, e podem variar de acordo com o banco. Consequentemente, também influenciam políticas de empréstimos, que determinam as regras e condições em que as instituições financeiras aceitam conceder essas ofertas.
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1. Custo de captação
O custo de captação se refere à quantia que o banco tem disponível para emprestar. Importante frisar que as instituições realizam a intermediação entre quem tem dinheiro (poupador/investidor) e quem precisa (tomador/devedor). O poupador que aplicou seu dinheiro no banco vai emprestar ao tomador, que devolverá o valor com os juros. Quando você deposita um dinheiro no banco, pode ser dito que você, na verdade, está emprestando dinheiro a esse banco.
Assim, o custo de captação é o custo que o banco tem para obter o dinheiro, que é equivalente à soma dos depósitos de seus clientes com as obrigações financeiras do banco. A depender do tipo de depósitos (conta corrente, ou poupança, em fundos etc), o banco terá que pagar uma remuneração. Esse valor equivale ao custo de captação. A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e é usada como referência para determinar os juros do mercado de investimentos.
2. Risco de inadimplência
Outro fator muito importante que entra na conta para determinar as taxas de juros é o índice de inadimplência. Ao emprestar o dinheiro para alguém, há o risco de não receber o valor de volta e, caso isso aconteça, o banco terá mais dificuldades para arcar com seus custos de captação. Portanto, quanto maior o risco de calote, maior será a taxa de juros cobrada nos empréstimos.
3. Custo Efetivo Total
O Custo Total Efetivo (CET) é o valor total para que uma operação financeira seja realizada. Também expresso em porcentagem, o CET é calculado com base nas taxas de juros e análises de crédito, mas engloba também outros encargos que os bancos possuem ao efetuarem um empréstimo, como o imposto sobre operações financeiras, a taxa de abertura de crédito e demais cobranças administrativas.
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