Aplicativo Shopee revoluciona modo de fazer e-commerce

Empresa de Cingapura possui abordagem com jogos que facilitam a interação do usuário
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

O Shoppee, da Sea, levou apenas dois anos para se tornar o aplicativo de comércio eletrônico mais baixado do Brasil, ganhando usuários para seu marketplace de baixo custo com uma abordagem revolucionária para o e-commerce: minigames dentro do aplicativo que oferecem cupons para atrair usuários.

A empresa com sede em Cingapura combinou compras online com o conhecimento de jogo do seu braço de jogos de celular Garena , criadora de “Free Fire”, o título mais baixado no Brasil por oito trimestres consecutivos , para gerar vendas que os analistas estimam chegar a quase um terço da campeã local Magazine Luiza.

LEIA MAIS: Confiança de serviços melhora em agosto para máxima em quase 8 anos

Em seu país, o Shopee precisou de apenas cinco anos para se tornar o site de e-commerce mais visitado do Sudeste Asiático, superando empresas como a Lazada, financiada pelo chinês Alibaba Group, e Tokopedia, que recebe o apoio do japonês SoftBank Group.

“O Shoppe tem um histórico no Sudeste Asiático de chegar ao mercado tarde, vendo como os outros resolveram os problemas e construindo um sistema que supera esses problemas”, afirmou o analista Jianggan Li, da consultoria Momentum Works.

O crescimento inicial do Shopee sublinha o espaço aberto para participantes estrangeiros crescerem em um setor que era dominado por empresas regionais como o Magazine Luiza e Mercado Livre.

VEJA TAMBÉM: IGP-M desacelera alta a 0,66% em agosto

O timing da startup também foi fortuito, com o seu lançamento no Brasil no momento em que a pandemia de Covid-19 afastava os consumidores das lojas físicas e fazendo as vendas de e-commerce de 2020 crescerem 44%, para US $ 42 bilhões,, segundo dados da empresa de pagamentos brasileira EBANX.

Ambição global: 

A incursão da Sea no Brasil é apenas um dos elementos da sua ambição global. O braço de investimentos Sea Capital também está considerando colocar dinheiro em startups na América Latina e outros locais, afirmou uma pessoa com conhecimento do assunto.

A empresa também levou o Shopee para Chile, Colômbia e México, onde, ao contrário do Brasil, não tem funcionários locais e tem feito parcerias com influencers de redes sociais para fazer a sua marca crescer, afirmaram duas pessoas com conhecimento do assunto.

A Sea, cujos acionistas incluem a líder de games chinesa Tencent Holdings, se recusou a comentar.

O maior desafio da Sea para o Shopee Brazil é a entrega em um país tão grande. Ela reduziu a dependência do sistema postal local este ano, favorecendo entregadores privados, mas ainda está competindo com rivais que têm seus próprios sistemas de entrega.

Vendedores locais:

A competição na maior economia da América Latina cresceu este mês quando a rival mais próxima do Shopee em termos de oferta de produtos, a AliExpress, abriu seu marketplace para vendedores domésticos com uma comissão de apenas um dígito. A AliExpress estava no Brasil há 11 anos; a Shopee fez algo similar após o seu primeiro ano.

Dona de um pequeno negócio, Luciana Carvalho começou a vender embalagens plásticas na Shopee em fevereiro, atraída pelo frete grátis e comissão de 6% , em comparação com 17% do Mercado Livre.  

OLHA SÓ: Ibovespa recua após uma semana de valorização

Em busca de mais rentabilidade, o Shopee aumentou a comissão para 18% desde então, quase duas vezes o que os marketplaces podem cobrar em países do Sudeste Asiático, indicando as margens de lucro potenciais da América Latina. Carvalho continua usando o Shopee, embora prefira o Mercado Livre pela sua entrega “imbatível”.

(Com Reuters)

Fique por dentro de todas as novidades da EQL

Assine a EQL Newsletter

Baixe gratuitamente a Planilha de Gastos Conscientes

Participe da live Meu Primeiro Investimento

Compartilhar a matéria:

×