Quando pensamos em investir em uma empresa, é necessário analisar as características dela e sua trajetória, inclusive quando a companhia em questão já é consolidada no mercado, como o Magazine Luiza. Só assim é possível entender se esse negócio vale seu investimento ou não.
O Magazine Luiza conquistou, nos últimos anos, o posto de queridinha do mercado, o que tornou sua valorização inevitável. Por isso, vamos analisar o que levou a companhia ao patamar em que está e como ela se posiciona no mercado.
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Magalu no topo
Entre 2016 e os dias de hoje, o Magalu registrou valorização de 503,42% e essa trajetória foi possibilitada pelo investimento de um banco na companhia. Logo naquele ano, a empresa entrou para o relatório de recomendação do BTG Pactual e assim passou a ser notada.
A empresa soube aproveitar bem os recursos investidos. Além de desenvolver novas categorias de negócio, criou um superapp e aprimorou seu modelo logístico. A companhia também ampliou seu portfólio com marcas como Netshoes, Zattini e Estante Virtual.
O Magalu se propôs a criar um ecossistema de aplicativos, incluindo banco digital, e-commerce e o Cartão Luiza. Com tal iniciativa, o número de vendas aumentou e a empresa se tornou ainda mais atrativa para os investidores.
Mercado de atuação
O Magazine atua no setor de varejo, ou seja, trabalha diretamente com o comércio de produtos. Seus principais concorrentes na bolsa são a Via Varejo, que engloba Casas Bahia e Ponto Frio, e as Lojas Americanas. No entanto, o Magazine Luiza se destaca entre elas.
Durante o início da pandemia, o varejo físico foi bastante afetado pelo isolamento social, mas tem se recuperado e mostrado crescimento a níveis pré-pandêmicos.
A atividade das vendas presenciais precisou se adaptar ao e-commerce e às novas formas de acessar o cliente sem que ele precisasse sair de casa.
Com o processo de vacinação em curso, os analistas de mercado acreditam que a expectativa de retomada do setor varejista é alta, com o retorno da rotina que era conhecida como normal até então.
Além disso, é importante ressaltar as aquisições de marcas que o Magazine Luiza tem feito entre 2020 e este ano. O maior destaque foi da Kabum!, empresa de e-commerce, focada em tecnologia e vendida ao Magalu por R$ 1 bilhão.
Como são as finanças
No último trimestre, o Magazine reportou lucro de R$ 95 milhões, uma boa evolução em comparação ao ano passado, quando a empresa registrou prejuízo de R$ 64 milhões.
No entanto, segundo os analistas da Suno Research, alguns indicadores não são tão bons. O P/L, que compara o preço da ação com o lucro da empresa por ação, é de 167,36, um número muito alto.
Por outro lado, o endividamento da empresa, apesar de somar mais de R$ 575 milhões, é saudável se compararmos com o tamanho do seu patrimônio, segundo os analistas.
De 2016 para hoje, as ações da companhia se valorizaram 503,42%. No entanto, no ano de 2021, os papéis acumularam desvalorização de 21,59%. Em 12 meses, o Magazine Luiza pagou R$ 0,04 em de dividendos.
*Este artigo não é uma recomendação
Carol Proença é estudante de economia e especialista de investimentos certificada