Ibovespa fecha em queda e chega ao menor patamar em três meses

Índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,11%, a 120.700,98 pontos, mínima de fechamento desde 12 de maio
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O Ibovespa fechou em queda hoje (12), no menor patamar em três meses, com as ações da Ultrapar afundando mais de 12% após o resultado trimestral decepcionar, em uma sessão marcada por uma batelada de balanços corporativos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,11%, a 120.700,98 pontos, mínima de fechamento desde 12 de maio. O volume financeiro superou R$ 33 bilhões.

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Na visão do sócio da Veronezi Investimentos Fabio Galdino, a bolsa está com múltiplo atrativo, mas o desempenho segue prejudicado pela questão fiscal, além de piora na percepção para inflação e, por consequência, revisão nas projeções de Selic.

“Como o cenário não está claro nesses aspectos, o Ibovespa deve ficar nesse rame-rame”, afirmou.

Apesar da recepção menos amistosa a alguns balanços nesta sessão, a avaliação no mercado é de que as empresas têm apresentado bons resultados.

A equipe da XP Investimentos avalia os resultados do segundo trimestre como sólidos até agora, com 69% das empresas reportando lucro operacional (Ebitda) em linha ou acima das suas expectativas.

“A revisão (nas projeções) de lucros segue forte após temporada do segundo trimestre”, afirmou a equipe comandada por Fernando Ferreira em comentário a clientes.

Após o fechamento, uma nova enxurrada de balanços está agendada, incluindo os números de BRF, Magazine Luiza, Lojas Renner, Natura&Co, Sabesp e CCR.

Destaques

– ULTRAPAR ON despencou 12,33% após balanço do segundo trimestre com resultado aquém das expectativas de analistas, principalmente frustração com as margens da principal unidade do grupo, a Ipiranga. Nem a manutenção das previsões para o ano, nem a expectativa da empresa de maior demanda por combustíveis no terceiro trimestre aliviaram a queda. O Bradesco BBI cortou a recomendação dos papéis para ‘neutra’ após o balanço.

– MINERVA ON afundou 11,27% após a companhia afirmar que não pretende fechar o seu capital, em resposta a ruídos sobre o assunto que fizeram os papéis disparar 14,6% no final da quarta-feira. No setor, JBS ON caiu 5,85%, mesmo após reportar o melhor trimestre da história no período de abril e junho, enquanto sinalizou que aquisições recentes não aumentarão alavancagem.

– B3 desabou 7,71%, para mínimas desde maio de 2020, após balanço do segundo trimestre, no qual mudou para possível o prognóstico para uma perda de processos cíveis da ordem de R$ 31,5 bilhões. Apesar de a mudança não exigir provisões e a B3 reiterar que permanece construtiva em resultado positivo, o Credit Suisse destacou que o tamanho potencial da perda no caso de decisão desfavorável pode ser relevante, o que torna justificável o reação das ações.

– VIA VAREJO ON caiu 7,3%, mesmo após dobrar o lucro no segundo trimestre, enquanto o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado caiu 12,6%, a R$ 485 milhões, abaixo das previsões de analistas, com a margem encolhendo 4,4 pontos percentuais, para 6,2%.

– HAPVIDA ON valorizou-se 6,38%, apesar da queda do lucro no segundo trimestre, ainda afetado pela dinâmica da pandemia de Covid-19. Analistas destacaram positivamente melhor resultado financeiro e custos médicos mais controlados do que pares, entre outros elementos, e que o pior pode ter ficado para trás. Na esteira, NOTRE DAME INTERMÉDICA ON avançou 6,91%. A fusão entre as companhias segue sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

– FLEURY ON fechou em alta de 4,01%, em sessão de recuperação, após recuar 3% na véspera. Mais cedo, os papéis chegaram a ser negociados a R$ 22,45, menor cotação intradia desde 1 de junho de 2020.

– AMERICANAS ON subiu 2,47% após acordo para comprar a rede de hortifruti Natural da Terra por R$ 2,1 bilhões. A companhia também divulga balanço do segundo trimestre após o fechamento. A média das projeções compiladas pela Refinitiv aponta Ebitda de R$ 219,35 milhões.

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(Com Reuters)

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