O setor público consolidado brasileiro contrariou expectativas de déficit ao registrar um superávit primário de R$ 16,729 bilhões em agosto, melhor resultado histórico para o mês, ajudado pelo forte resultado positivo alcançado pelos estados.
Em pesquisa Reuters, a expectativa era de déficit primário de R$ 12,15 bilhões no mês.
LEIA MAIS: Preços ao produtor no Brasil sobem 1,86% em agosto com alta em todas as atividades
Na série do BC iniciada em dezembro de 2001, o resultado primário para agosto vinha no vermelho desde 2013. Antes disso, o maior superávit para o mês havia sido alcançado em agosto de 2006, quando foi de R$ 10,496 bilhões.
O número recorde foi impulsionado pelo superávit de R$ 23,479 bilhões dos estados em agosto, com os municípios entregando um resultado também positivo de R$ 3,859 bilhões.
As estatais tiveram superávit de R$ 484 milhões, ao passo que o governo central –formado por governo federal, Banco Central e INSS– teve um déficit de R$ 11,092 bilhões.
Com o bom desempenho de agosto, o setor público consolidado passou ao azul no acumulado do ano, com um superávit de R$ 1,237 bilhão, frente a um déficit primário de R$ 571,367 bilhões em igual período de 2020, ano marcado pela forte expansão de gastos para enfrentamento à pandemia do coronavírus.
No acumulado em 12 meses, o déficit primário como percentual do Produto Interno Bruto (PIB) caiu, com isso, a 1,57% em agosto, de 2,87% em julho.
Ainda segundo dados do BC, a dívida bruta do país caiu a 82,7% do PIB em agosto, sobre 83,1% do PIB em julho e expectativa do mercado de que iria a 84,1%.
VEJA TAMBÉM: Ibovespa ensaia recuperação após fortes perdas na véspera
A dívida líquida recuou a 59,3% do PIB, ante 59,8% no mês anterior e projeção de analistas de 60,6%.
(Com Reuters)
Fique por dentro de todas as novidades da EQL