Indústria do Brasil aumenta estoques e crescimento ganha força em setembro

Levantamento mostra que PMI do setor subiu a 54,4 no último mês
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As indústrias brasileiras buscaram se proteger de uma escassez de matérias-primas e aumentaram os estoques em setembro, o que junto com o aumento da demanda garantiu no mês uma melhora no ritmo de atividade do setor, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), na sigla em inglês.

O levantamento divulgado hoje (01) pela IHS Markit mostrou que o PMI de indústria do Brasil subiu a 54,4 em setembro, de 53,6 em agosto, mantendo-se acima do patamar de 50 (que separa crescimento de contração) pelo décimo sexto mês seguido.

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“O setor industrial do Brasil cresceu em setembro devido a dois fatores principais. Primeiro, a demanda subjacente permaneceu propícia ao crescimento. Segundo, as empresas estão planejando com antecedência e tentando garantir que tenham níveis suficientes de estoque para atender às vendas futuras e aos cronogramas de produção planejados”, explicou em nota a diretora associada de economia da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

No mês, as empresas compraram materiais adicionais em meio aos esforços para reconstruir estoques de insumos, eliminar pedidos em atraso e aumentar os volumes de produção, apontou o PMI.

Buscando se proteger contra a escassez e garantir que os cronogramas de produção prossigam, os produtores optaram por aumentar substancialmente os estoques de pré e pós-produção, com a taxa de acúmulo sendo a segunda mais rápida na história da pesquisa. Os níveis de compra aumentaram com força e a um ritmo acima do que foi visto em agosto.

Mas os problemas de fornecimento persistiram, como sinalizado pela deterioração no desempenho dos fornecedores e por um aumento substancial nos custos de insumos.

Escassez de matéria-prima, problemas nas empresas de logística global e desafios na importação de itens devido à disponibilidade limitada de remessa alongaram os prazos de entrega de insumos, que ainda registraram aumento de preços em setembro.

Tanto a taxa de aumento dos custos de insumos quanto a inflação da produção vieram mais acentuadas do que quaisquer outras observadas antes da pandemia, embora tenham desacelerado para mínimas em 14 meses.

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“Os custos crescentes dos insumos novamente contribuíram para os encargos de fábrica, situação que poderia deter a demanda nos próximos meses e prejudicar os lucros corporativos”, disse De Lima.

Mas com condições favoráveis da demanda em setembro, as empresas conseguiram complementar suas carteiras de pedidos. Com isso, as vendas cresceram a um ritmo sólido, e o índice de produção aumentou de forma acentuada.

As empresas ainda preveem produção mais alta no futuro devido a planos de investimento em aumento da capacidade, aos departamentos de marketing e vendas e à diversificação de produtos.

Com demanda favorável e otimismo em relação ao futuro, a pesquisa mostrou acréscimo das contratações em setembro pelo sexto mês consecutivo e no ritmo mais forte em três meses.

(Com Reuters)

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